Quem define a hora certa de amamentar é o bebê

Da Redação

O universo da maternidade é cercado por muitas dúvidas. Uma delas é de quanto em quanto tempo a mãe deve amamentar o bebê para que ele seja saudável. A pediatra  Miquelina Lucia Etchebehere explica que o aleitamento materno deve ser livre demanda, ou seja, feito sempre que o bebê tiver fome.

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Muitas vezes, a insegurança das mães pode atrapalhar este ato e criar normas que não existem. A pediatra ressalta que com o aleitamento materno não pode, nem deve existir uma preocupação em relação à quantidade de vezes oferecidas. “Amamentar de três em três horas é apenas uma média de ingestão de alimento. Quando a criança chora, você pode dar de mamar.”

De acordo com a médica, nem sempre o bebê chora por fome. “Tirando todos os desconfortos, como dores, temperatura, posição, se mesmo assim continuar chorando, a mãe deve amamentar”, afirma. Mas alerta para que esse processo seja feito apenas quando o alimento for exclusivamente o leite materno. Alimentar com complemento ou leite artificial não deve ser livre demanda.

De acordo com a especialista, oferecer o leite materno sempre que o bebê estiver com fome não traz nenhum risco ao peso ou mesmo de ocorrer uma sobrecarga de alimentação. “Com bebês pequenos isso não acontece, eles choram de fome e têm uma capacidade gástrica pequena. Se ele mamar mais do que suporta, vai regurgitar esse leite.”

A importância da amamentação é enfatizada pela pediatra, pois fortalece a relação entre mãe e filho e traz grandes benefícios à saúde de ambos. “A mãe volta ao peso de antes da gravidez mais rapidamente e a criança controla o peso. Já os bebês amamentados com mamadeiras tendem a ser mais obesos do que os alimentados com leite natural”, complementa a médica.

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Outro ponto importante nesse processo é a qualidade do leite. “Por mais que os artificiais sejam modificados para imitar o alimento materno, o leite natural é específico, com todas as vantagens possíveis, como a passagem de anticorpos à criança”, reforça a pediatra.

Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um médico pediatra e não se caracteriza como sendo um atendimento.