Até quando vamos fingir evoluir?

Por Samanta Obadia   

Mais uma tragédia numa escola nos Estados Unidos parece assustar a mídia. Digo ‘parece’ porque quando um ato se repete insistentemente torna-se banal e é citado como algo corriqueiro e aceitável. Ainda que os anunciadores usem um tom de tristeza e indignação, os envolvidos diretamente continuam imóveis.

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Palestro em escolas há muitos anos sobre “Violência e Indisciplina, duas faces da mesma moeda”, tema presente em meu livro “Pessoas, palavras e valores”, publicado em 2009.

Nove anos depois a situação está pior.

Fico perplexa com a incapacidade das pessoas em atuar de acordo com seus discursos e estudos. De que adianta tanta pesquisa e estatísticas se nada é feito? A natureza nos dá a dica, basta ver a violência das chuvas nesses dias em vários estados no Brasil. Os grandes estragos estão ligados diretamente à indisciplina humana ao não tomar medidas preventivas de limpeza e ordem nas cidades.

Não podemos evitar os temporais, mas podemos minimizar os estragos causados por nossa sujeira, descaso e preguiça. Da mesma forma, não podemos evitar a ação de assassinos, mas podemos perceber que a maioria deles sinalizava uma psique doente ‘gritando’ por ajuda.

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Até quando vamos fingir evoluir? Até quando vamos retroceder nas questões mais básicas enquanto avançamos em tecnologia e velocidade?

Quando vamos perceber que o mais simples é o mais importante?

Viver com bem-estar numa comunidade onde todos possam partilhar de dignidade e respeito é a maior das conquistas. De que adianta construir foguetes e drones, bombas e ultrassons, quando somos incapazes de olhar como os nossos olhos e escutar com os nossos ouvidos os sons da batida dos corações que vivem e habitam o nosso planeta.

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Deixo aqui minhas lágrimas em respeito aos inocentes.