Cárie pode ser transmitida até pelo contato salivar

Da Redação

Comumente interpretada como resultado de uma escovação inadequada e pela ingestão de sacarose (açúcar), a cárie também pode ser transmitida por um simples contato salivar. O ato de beijar, compartilhar talheres, a socialização da mesma escova de dente e até mesmo o hábito materno de experimentar a papinha do bebê, podem ser decisivos na transmissão dos micro-organismos da cárie (Streptococus do grupo mutans).

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O implantodontista Sidnei Goldmann explica. “As milhares de bactérias da boca se “hospedam” na saliva. E, com o micro-organismo Streptococus Mutans não é diferente. Encontrado na placa dentária de pessoas infectadas e de natureza contagiosa, a cárie utiliza o “canal” saliva para comprometer a saúde bucal. E quando a boca não saudável, que oferece condições favoráveis para essas bactérias se desenvolverem, recebe a saliva pelo contato, a contaminação acontece”.

As cáries dentárias são placas bacterianas que produzem ácidos que corroem os dentes, formando uma perfuração de cor escura, que pode provocar dores, inchaço e até a perda dos dentes. No entanto, o especialista faz uma observação: “Mesmo havendo o contato salivar de uma pessoa que possui cárie com outra que não tem, o micro-organismo só irá se proliferar, se houver um ambiente propício para isso, ou seja, se a saúde bucal da outra pessoa estiver precária”, ressalta.

Um dos problemas mais comuns encontrados na boca das pessoas, a cárie é uma grande preocupação dos especialistas em saúde bucal. Dados do estudo realizado na UFSC (Universidade de Santa Catarina), apontam que quase 40% dos adolescentes brasileiros, entre 15 e 19 anos, já perderam ao menos um dente e em 93% dos casos a perda foi provocada por uma cárie.

A prevenção é a melhor maneira encontrada pelos dentistas para se combater o problema causado pelo micro-organismo Streptococus Mutans. Uma higiene bucal adequada, com o uso de escova, fio dental e flúor é essencial. “A boca saudável não permite ação da cárie”, conclui.

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