Você é ciumento? Saiba se seu ciúme é normal ou patológico

Da Redação

O ciúme é um sentimento comum a todos nós. Certamente você, eu e muitas outras pessoas já sentimos ciúme. Ele pode estar presente em qualquer tipo de relacionamento, nos amorosos, nas amizades, das relações entre pais, filhos, irmãos… Porém, há pessoas que levam esse sentimento ao extremo. A queixa de muitas delas é a tentativa de controlar esse sentimento e a conseqüente frustração por não conseguirem.

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O que é o ciúme?

O ciúme pode ser entendido como sendo um conjunto de pensamentos, emoções e ações que são desencadeados por algum tipo de ameaça ao relacionamento.

As definições de ciúme geralmente têm em comum três elementos:

1) Ser uma reação frente à ameaça do relacionamento

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2) A existência de um rival real ou imaginário

3) A reação visa eliminar os riscos de perda do amor

Enquanto o ciúme normal se caracteriza por ser transitório, específico e baseado em fatos reais, o ciúme excessivo seria uma preocupação infundada, irracional e descontextualizada. A queixa mais comum dessas pessoas é o controle que desenvolvem no relacionamento a ponto de 'sufocar' o (a) parceiro (a).

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Será que meu ciúme é patológico?

Muitos ciumentos podem ainda apresentar comportamentos de verificação (ligar constantemente, verificar se o parceiro estava falando a verdade, checar e-mails ou ligações no celular, entre outros). Tais comportamentos são próximos dos sintomas compulsivos, presentes no Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). Eles servem para diminuir a ansiedade presente no episódio ciumento.

Os ciumentos muitas vezes se sentem arrependidos diante das atitudes excessivamente controladoras. E é nesse momento que muitos deles recorrem à terapia, principalmente quando a relação já chegou ao limite. O medo da perda é o tema central do tratamento do ciúme excessivo, além da reavaliação do comportamento controlador.

Concluindo, muitos ciumentos sofrem em silêncio. Poucos deles sabem que o ciúme pode fazer parte de um quadro de 'excesso comportamental' e geralmente não sabem que precisam de tratamento ou o procuram quando o relacionamento chega ao fim. Nesse sentido, o (a) parceiro (a) ou mesmo as pessoas envolvidas podem ser indicadores importantes para a busca de tratamento.

Fonte: Karen Camargo é psicóloga clínica