Entenda a doença de Alzheimer

Da Redação

O que é a doença de Alzheimer?

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Resposta: É uma doença degenerativa do cérebro, produz atrofia progressiva, sendo que até o momento não há cura. Tem o início mais frequente em pessoas acima dos 65 anos de idade. A atrofia cerebral gera perda das habilidades cognitivas como: pensar, raciocinar e memorizar informações, produzindo ainda alterações de linguagem e comportamento.

Qual a causa da doença de Alzheimer?

Resposta: Não existe uma causa conhecida. Temos algumas literaturas que consideram as possibilidades: genética, hereditária e por intoxicação de metais. Podendo apresentar o seu desenvolvimento de forma abruta em decorrência de algum fato ou lentamente.

Como é realizado o diagnóstico?

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Resposta: Não existe um exame que comprove que o paciente possui um diagnóstico de Alzheimer. Essa constatação só é obtida através de biópsia ou necropsia. Mas através de alguns exames clínicos e de imagem é possível eliminar a hipótese de outras doenças como: depressão, tumor cerebral, hipotiroidismo, hipovitaminoses, traumatismo craniano, acidente vascular cerebral, arteriosclerose, intoxicação, hidrocefalia, entre outras, as quais, associada à observação clínica, realiza-se o diagnóstico.

Quais são os sintomas?

Resposta: Os sintomas iniciais podem ocorrer com perdas de memória recente, ou seja, dificuldade de fixar fatos novos, característica que pode ser confundida com um envelhecimento normal ou, se em pessoas mais jovens, com estresse. Nessa fase inicial, o paciente pode apresentar modificação de comportamento, tornando-se muitas vezes agressivo e confuso. Com a evolução da doença, o doente passa a não reconhecer os seus familiares e a si mesmo.

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A doença é classificada em fases. Na mais avançada, o paciente torna-se mais dependente, apresentando dificuldade de locomoção, alimentação; a comunicação é inviabilizada, sendo que nesse momento, passa a necessitar de supervisão integral.

Como é feito o tratamento?

Resposta: O tratamento da doença de Alzheimer segue uma linha de controle dos sintomas que aparecem na evolução da doença, já que não existe ainda um tratamento curativo. No início, o médico junto com os familiares podem optar por medicações que em alguns casos, ajudam a desacelerar a morte dos neurônios, e na grande maioria, os pacientes portadores de Alzheimer também necessitam de medicações psiquiátricas para controle dos sintomas associados como: agitação, agressividade, insônia e depressão.

É de suma importância a observação do cuidador, seja ele familiar ou profissional, quando há necessidade de adequação das medicações, pois ocorre uma oscilação dos sintomas, sendo que a medicação deve ser reavaliada muitas vezes junto com o médico responsável. O tratamento demanda uma equipe multiprofissional especialista no assunto.

Como a doença de Alzheimer afeta os familiares?

Resposta: As dúvidas, incertezas e, principalmente o medo em relação ao futuro acabam desestruturando o núcleo familiar.

A inversão de papeis, onde os filhos passam a se encarregar do cuidado de seus pais, afeta sua capacidade física e emocional ao ter que lidar com uma doença progressiva. A sensação de estar sozinho e desamparado é, em algum momento, inevitável, e uma das perguntas mais comuns é: “Por que está acontecendo isso comigo?”

O cuidador precisa estar atento, pois está vulnerável a sintomas depressivos, aumento do nível de estresse, queda da resistência física, bem como problemas conjugais e relacionais, que podem tornar este momento ainda mais difícil para a família.

Como lidar com a doença?

Resposta: A grande arma no enfretamento da doença está ligada à informação, aceitação, associada à solidariedade. À medida que os familiares conhecem melhor a doença e sua evolução, percebem que não podem curar o seu familiar e que não é culpa sua o que está acontecendo. Dessa forma, se sentirão muito mais livres para buscar recursos e estratégias para melhorar sua qualidade de vida e a do portador, dentro de suas possibilidades. Lembrem –se: Para ser um bom cuidador você precisa cuidar de você também.

Fonte: Rosilene Alves de Souza Lima – Psicóloga Clínica – Mestre em Gerontologia pela PUCSP.

SERVIÇO

Mais informações: Associação brasileira de Alzheimer do Estado de São Paulo www.abrazsp.com