Excesso de colesterol cresce entre crianças e jovens

Da Redação

No dia 8 de agosto é o Dia Nacional de Controle do Colesterol. Especialistas alertam que é cada vez mais frequente o excesso de colesterol entre crianças e adolescentes.

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Os altos níveis de gordura no sangue podem desencadear o surgimento de doenças cardiovasculares, como infarto e derrame, responsáveis por 310 mil mortes anuais no país.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 43 milhões de crianças em idade pré-escolar sofrem de obesidade ou sobrepeso, um dos indícios de que o colesterol pode estar elevado. Além disso, pesquisadores constataram que, de duas mil pessoas entrevistadas entre 5 e 20 anos, 53% deles apresentaram excesso de gordura no sangue.

Esse cenário é preocupante devido às altas taxas de mortalidade causadas pelas doenças cardiovasculares. Boa parte desses eventos está relacionada ao excesso de colesterol no sangue, que é produzido pelo próprio organismo e também quando as pessoas ingerem alimentos gordurosos. De acordo com dados do Ministério da Saúde, 30% da população brasileira apresenta níveis elevados de colesterol.

Atenção à quantidade de colesterol ingerida nos alimentos

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Embora o colesterol elevado possa estar associado a maus hábitos de vida, existem casos de pessoas com predisposição genética, cujo cuidado deve ser redobrado. Cerca de 60% do colesterol é ’fabricado’ pelo próprio organismo e outros 40% vêm da alimentação.

O ideal é ingerir a cada dia de 200 mg a 300 mg de colesterol. Em um bife de frango (100 g), por exemplo, existem 52 mg de colesterol, em um bife de picanha (100 g) são 100 mg de colesterol, enquanto em um copo de leite integral (200 ml) são 28 mg de colesterol.

Apesar de o colesterol ser uma substância necessária ao organismo, desempenhando funções como transporte de gordura, manutenção das células, fabricação de hormônios e vitamina D, o excesso que não foi eliminado pelo fígado forma placas de gordura que pode “entupir” essas artérias e dificultar a passagem do sangue. Esse entupimento é chamado aterosclerose, podendo levar ao infarto ou ao Acidente Vascular Cerebral (AVC).

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Para isso, as pessoas que tenham baixo risco cardíaco, a partir da orientação médica, devem manter o LDL (colesterol ruim) inferior a 160. Mas se tiverem risco médio, calculado pelo médico com base na idade, colesterol, pressão arterial, ser ou não fumante além de levar em conta a síndrome metabólica e alguns outros fatores de risco, o LDL não deve chegar a 130.

Já para pacientes com elevado risco calculado ou diabetes mellitus, é necessário manter o LDL menor do que 100, enquanto para pessoas que já sofreram infarto ou AVC do tipo isquêmico, ou seja, derrame, ou têm aterosclerose, o LDL não pode passar de 70.

A melhor forma de obter o índice de colesterol é o exame de sangue, enquanto a forma mais eficaz de manter a saúde em dia é se conscientizar de que o caminho é adotar hábitos saudáveis para garantir a longevidade. É preciso convencer a população a baixar o índice dessa gordura no sangue, através de mudanças de hábitos alimentares, prática de atividade física, abandono do cigarro, controle do colesterol, triglicérides, bem como a controlar também a hipertensão arterial e diabetes.

Dicas úteis

Níveis de colesterol (LDL)

Risco baixo Abaixo de 160 mg/dl
Risco intermediário Abaixo de 130 mg/dl
Alto risco ou portadores de diabetes Abaixo de 100 mg/dl
Risco muito alto* Abaixo de 70 mg/dl

* Pacientes que já tiveram infarto, derrame ou outra doença aterosclerótica diagnosticada

* Tipos de colesterol

HDL (colesterol bom): responsável por remover o colesterol, quanto maior quantidade melhor. Em baixos níveis, indica grande propensão ao desenvolvimento de doenças cardíacas, como o infarto

LDL (colesterol ruim): responsável pela formação de placas de gordura nas artérias, elevando o risco para infarto e derrame cerebral

*Fuja desses alimentos

Salgadinhos de pacote
Bolachas recheadas
Batatas fritas
Chocolates de diversos tipos e sabores quando não estiverem etiquetados como "diet", são deliciosamente recheados por esse tipo de gordura
Bebidas achocolatadas
Tortas e bolos recheados
Massas folhadas
Pipocas de micro-ondas
Temperos prontos (em pó ou tabletes)
Sopas e cremes semiprontos ou industrializados