Sente-se inferior a suas amigas que casaram e são mães? Saiba lidar com a situação

por Eduardo Yabusaki

Sentir certo constrangimento ao encontrar amigas de escola, por não ter se casado e tido filhos, faz com que algumas mulheres se sintam inferiorizadas; embora não haja razão para isso. Algumas chegam ao ponto de evitar esse tipo de convivência, pois isso gera abalo emocional e conflito existencial.

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Por uma série de motivos, hoje é comum mulheres não aderir ao casamento ou constituir família. Às vezes essa questão não é refletida com profundidade. Mulheres que chegam na idade limite para a maternidade, ou homens, se veem maduros para um relacionamento, porém, não conseguem pensar e justificar o porquê de permanecerem sozinhos ou sem filhos.

Por outro lado, eles viveram, e vivem, outros aspectos importantes como, estruturação na vida profissional e financeira; construção de uma sólida rede de amigos. Dedicadas, convivem bem com familiares diretos e parentes. Viajam e divertem-se muito para manterem-se tranquilas e desestressadas em seu dia a dia. Em linhas gerais, sentem-se realizadas em suas vidas, porém sozinhas, e sem muito espaço para um relacionamento mais envolvente.

Na sua rotina muitas vezes a questão do casamento ou de constituir uma família vem à tona ao se confrontar com essa realidade em eventos sociais, familiares ou em encontros de colegas de turma. E invariavelmente acabam questionando sobre tudo: carreira profissional, vida pessoal e expectativas sobre como seguir em frente.

Mais do que temer essas situações inevitáveis, é importante que cada pessoa avalie como essas questões foram conceituadas para si e como se vive o agora…

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– O que penso sobre relacionamento sério e casamento? Quero isso para minha vida?

Se a resposta for positiva, não basta querer ter um relacionamento sério ou querer casar-se e achar que isso simplesmente irá acontecer.

Primeiro, é preciso ter isso claro para si, que é mesmo um desejo!

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Segundo, é necessário que haja uma disponibilidade e dedicação para que isso aconteça, ou seja, não adianta ficar esperando em casa pelo par ideal (príncipe encantado), é preciso ir em busca de.

Terceiro, é preciso que se tenha em mente como espera ou deseja que seja essa pessoa, para que não saia atirando para todos os lados numa busca desenfreada. É preciso ser assertiva, ou seja, buscar da melhor forma possível a pessoa com quem possa realmente ter identificação e consequentemente mais chance de dar certo.

Lógico que garantias nunca irão existir e todas as probabilidades lógicas podem cair por terra quando bate a paixão e a teoria toda do bom, do melhor o mais adequado, fica para trás.

Se a resposta para ter um relacionamento sério ou mesmo casamento, for negativa, é preciso que se pense e considere as consequências dessa escolha. Isso inclui cobranças do tipo, ter ou não filhos. Querer ter filhos não implica apenas desejar e decidir tê-los, principalmente se estiver sozinha, portanto, envolve também um posicionamento sobre vida a dois ou não e como será a criação e educação desse filho.

Quando falo de questões existenciais na vida, falo exatamente desses temas que fazem parte da vida de todos nós. Entretanto, nem sempre dedicamos tempo, atenção e profundidade que esses assuntos exigem e merecem.

Pensar, avaliar, refletir e redirecionar nossas vidas faz parte do nosso processo permanente de construção e desenvolvimento.

Viva e seja feliz, sempre!