Será que estou com a ‘síndrome do sofá’?

por Roberto Santos

Resposta: Não conhecia expressão “síndrome do sofá”, mas acho que posso entendê-la como acomodação, certo? Sem conhecer um pouco mais de sua história profissional e acadêmica anterior à presente, fica difícil opinar com mais segurança. No entanto, acho que você está no caminho certo de continuar estudando em sua área e reforçando seus conhecimentos de inglês. Acho que ser “terceirizado” e não funcionário da sua atual empresa não é o problema. A natureza dos contratos será cada vez mais deste tipo e não deve ser motivo de preocupação.

Continua após publicidade

Por outro lado, as perguntas que você deve se fazer são as seguintes: estou aprendendo algo de novo na ocupação que tenho atualmente? Posso fazer na empresa em que estou mais do que venho fazendo? Já manifestei este interesse para meus superiores? Estou curtindo meu trabalho atual? Se você estiver apenas deixando o tempo passar até que caia algo de novo do céu, então meu amigo, levante-se já do sofá e para algo novo que lhe traga “paixão”. Boa sorte!

Estou há onze anos no serviço público e me pergunto todo dia:
Como me motivar em um trabalho que insiste em ferir a lógica do progresso?

Resposta: Sua mensagem indica que você espera alguma resposta, então lhe faço perguntas como resposta: O fato de você viver no interior e precisar sustentar sua família, realmente limita as alternativas de sua vida àquilo que está fazendo hoje em dia? Quem está colocando os limites – o funcionalismo público ou seu receio de arriscar algo de diferente? No final do dia, não é você que está fazendo estas escolhas? Onze anos somados aos que você já tem nesse ambiente vão mudar sua forma de viver seu trabalho? Vão anestesiá-lo ou vão fazê-lo cada vez mais temeroso para mudar?

O livre-arbítrio nos persegue, meu amigo, e nunca é tarde demais para se tentar algo de novo, para não lamentar do que ficará cada vez mais velho e pior, se nada fizermos. Boa sorte!

Continua após publicidade