A doença como cura

por Carminha Levy

Ultimamente muito se tem falado e escrito sobre a metafísica da doença, termo novo que estão dando à nossa velha conhecida: a psicossomática.

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Em geral essa ciência trata da influência da psique (mente) sobre o corpo, sempre com a carga que se jogava no paciente de que ele era o “culpado” da doença. Doia-me o coração quando eu recebia um cliente, completamente combalido pelo recente diagnóstico de que ele estaria com câncer o que vinha na forma da desumana afirmação do médico: “você fez um câncer”.

Inspirada na obra magnífica do Dr. Thorwald Dethlefsen Rüdiger Dahlke A Doença Como Caminho, tomo emprestado um título quase igual: “A Doença Como Cura”.

Na obra do Dr. Thorwald Dethlefsen Rüdiger Dahlke ele apresenta “uma visão nova de cura como ponto de mutação em que um mal se deixa transformar em bem”.

No meu texto iremos acompanhar uma nova visão do porquê das doenças e como, com a Nova Energia (leia textos anteriores), passamos a ter novos olhos para aceitar a doença como cura.

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Convêm lembrar que na Nova Energia, não existe carma e em toda situação temos que procurar sempre o início do problema e sua instalação dentro de nós. Tudo que acontece no corpo de um ser vivo é expressão de uma determinada informação. Quando as várias funções corporais se desenvolvem em conjunto harmonioso, isso recebe o nome de saúde, se uma função falha, ela compromete a harmonia do todo e então falamos de doença. Assim que um sintoma se manifesta atrai sobre si toda atenção, quer queiramos ou não, e essa interrupção das funções é sentida como se viesse de fora. Devido a isso só se estabelece o contato com o sintoma e não com o que está por trás, porém este nos informa que está “faltando alguma coisa”.

Antigamente costumava-se perguntar a um doente: o que está faltando? Hoje se pergunta logo de início “O que é que o senhor sente? Não existe assim possibilidade do psiquismo do doente se manifestar e nisso consiste a grande diferença de um tratamento no qual a alma é convidada a se expressar. Com isso se estabelece a diferença entre “lutar contra a doença” e “transmutar a doença”. A cura acontece exclusivamente pela transmutação da doença, pois a cura pressupõe que o ser humano como um todo se tornou mais perfeito.

Voltando à antiga questão “o que lhe falta?”, devemos buscar nos nossos aspectos desconhecidos, ou seja no que chamamos sombra, pois é ela que nos deixa doente e quando iluminada nos faz sarar. Todo sintoma é um aspecto da sombra que se precipitou no corpo físico e é nele que se manifesta aquilo que nos faz falta, aquilo de que não podemos tomar consciência. O sintoma usa o corpo físico como um instrumento para fazer a pessoa tornar-se outra vez um todo, ou seja: a doença como cura.

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Numa visão simplificada vamos ver a interpretação e significado dos sintomas das infecções:

Infecção: um conflito que se materializou.

A maioria dos sintomas agudos são inflamações de um tipo ou outro. Desde os resfriados simples, até o cólera e a varíola.

O sufixo ite revela um processo inflamatório em ação (colite, hepatite, amigdalite, etc.) No processo inflamatório trava-se de uma “guerra no interior do corpo” nós sentimos essa guerra na forma de vários sintomas como vermelhidões, dores e febre.

A própria palavra inflamação já contém “a centelha explosiva”. Ou seja, um conflito pendente se incendeia e pomos fogo no pavio e a doença se instala. O ser humano também pode explodir – reação emocional através da qual é descarregado um conflito interno.

Questionamento prático para entrar em contato profundo com o conflito que gera a doença, nesse caso todas as infecções.

Quem tem tendência a inflamações está tentando evitar conflitos e deve se fazer as seguintes perguntas:

1. Qual o conflito existente na minha vida que até agora eu não vejo?
2. Que conflito estarei evitando?
3. Que conflito tento fingir que não existe?

Para descobrir de que conflito se trata, basta prestar atenção ao simbolismo do órgão afetado ou da parte doente do corpo.

Decifrar esses conflitos vem dos nossos aspectos de sombra contidos nele e superá-los é o passaporte para a cura que só se instalará por uma profunda dose de autoamor, perdão a si mesmo e a quem nos feriu.

O carma não existe, mas precisamos deletar todos os nossos sentimentos negativos transformando-os em luz e amor para que se instale a unificação dos nossos aspectos de luz e sombra no Ser Unificado que Somos.

Fonte: A Doença Como Caminho
Thorwald Dethlefsen Rüdiger Dahlke
Editora Cultrix