Assédio moral pode levar à depressão e ao pânico? Como lidar isso?

por Joel Rennó Jr.

"Estou me tratando de depressão e pânico, devido a humilhações continuadas de três professores de meu doutorado. O assédio moral começou após ter conseguido um estágio no exterior. Quando retornei ao Brasil, esses professores começaram a desmerecer e boicotar a minha tese. Entre a difícil decisão de abandonar o curso e devolver a bolsa ou sair para me curar, estou pendendo para a segunda. Mas… me pergunto: terei cura? Eu era tão feliz. Parece que não estou mais em mim."

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Resposta: O estresse de moderado a severo pode ser um "gatilho" para o desencadeamento de transtornos mentais.

Além de gravidade do estressor externo, também devemos levar em consideração fatores subjetivos, como por exemplo, a percepção ou crença da pessoa em relação a fatos e acontecimentos, que amplificam o impacto do estresse na saúde física ou mental.

A tomada de decisões nessas horas deve ser cuidadosa e só realizada após uma ampla avaliação psicológica e psiquiátrica e espera do tempo adequado para obtenção dos resultados práticos da eficácia de ambos os tratamentos.

A psicoterapia pode levar as pessoas a lidar com os mesmos problemas de uma nova maneira e refazer a leitura de determinadas situações vitais, adotando outras posturas e comportamentos perante situações conflitantes ou angustiantes.

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E quando se há um diagnóstico psiquiátrico concreto, seja de depressão ou de outro transtorno mental, o tratamento medicamentoso correto leva a resultados positivos no curto prazo – e isso precisa sempre estar sendo reavaliado pelo profissional.

Eu procuro aconselhar as pessoas a tomarem decisões importantes de suas vidas somente após receberem ajuda psicológica e psiquiátrica adequadas.

Quanto ao conceito de cura aqui, o que importante é a sua plena funcionalidade, o resgate de sua qualidade de vida e, acima de tudo, o equilíbrio e a tranquilidade necessários para você poder fazer as escolhas importantes de sua vida.

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Atenção!

Esse texto e esta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um médico psiquiatra e não se caracterizam como sendo um atendimento.