Querer controlar a vida é uma forma equivocada de tentar se proteger

por Karina Simões

Tudo muda a cada segundo. Quanto mais tentamos controlar todos os aspectos da nossa vida, mais parece que a situação foge de controle.

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Como parar de desperdiçar nossa preciosa energia com coisas que não podemos controlar?

Como desapegarmo-nos de coisas, pessoas e situações que insistem em permanecer em nossos pensamentos?

É alto o número de pessoas que se dizem estressadas, com ansiedade elevada, ou são diagnosticadas com depressão, TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), dentre outros transtornos psíquicos. Toda essa cena tem, entre vários fatores, como pano de fundo, uma necessidade humana e essencial de controle. Ou seria um suposto controle?

Precisamos treinar nosso cérebro para nos condicionarmos a ter consciência do porquê estarmos sentindo, pensando ou agindo a respeito de algum comportamento nosso.

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E aí, vocês poderiam me perguntar: Isso não seria um controle?

Prefiro denominar de aprendizagem por condicionamento automático. Pois, uma vez aprendido, o cérebro não sente a necessidade essencial de controlar. Mas sim, a sensação de saciamento e alívio emocional.

O controle aprisiona. A aprendizagem liberta. Já dizia o filósofo alemão do século XIX A. Schopenhauer: “O mundo em que o homem vive é moldado, principalmente, pelo modo como ele o vê”.

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O controle é uma ilusão fabricada pelo nosso cérebro para, equivocadamente, nos proteger de nossos medos e inseguranças. Assim, conhecendo e assumindo esses sentimentos e em seguida enfrentando-os, pode ser um caminho para se livrar desse “cordão umbilical” do pseudocontrole, seja por pessoas, coisas e/ou situações da vida.

Dicas

Comece perguntando:

– De que você tem medo?

Em seguida:

– Faça uma lista desses medos.

Agora:

– Estude sobre o seu medo e procure uma ajuda de um psicólogo (a) para falar sobre esse medo e aprender estratégias de enfrentamento.

E lembre-se: o medo distorce o modo como enxergamos o mundo.