Quero me separar, mas não tenho coragem

Por Rosemeire Zago

Estou prestes a me separar de meu marido, mas o sentimento de culpa não me deixa. Não o amo mais e não tenho prazer sexual. Tenho dois filhos. Será que vale a pena fazer tanta gente sofrer na tentativa de encontrar minha felicidade?

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Resposta: A culpa, assim como o medo, muitas vezes nos paralisa e nos impede de agir. Procure identificar o que te faz ficar e o que te faz querer se separar. Pergunte-se do que tem medo e ouça a resposta, isso poderá ajudá-la a explorar mais seus sentimentos.

O que seria para você motivo suficiente para uma separação?

Em relação aos filhos, creio que o que eles mais desejam é ver seus pais felizes, pois a infelicidade de um ou de ambos, poderá afetar diretamente a felicidade deles, concorda?

O sofrimento virá se os pais não souberem lidar com a situação e em conseqüência os filhos também não saberão. Diante de seu relato, falta de amor e prazer sexual, creio que sejam motivos muito fortes, mas é uma decisão muito pessoal e deve ser muito analisada antes de tomar uma atitude tão séria e que afeta a vida de tantas pessoas. Mas se estiver consciente dos motivos que a fazem querer se separar, explique tudo aos seus filhos, que com certeza entenderão seus motivos.

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Minha mulher e eu não podemos ter filhos
Ela entrou em profunda depressão e perdeu totalmente a auto-estima. Como posso ajudá-la sem que isto se torne um obstáculo no nosso relacionamento?

Resposta: Você pode ajudá-la de diversas formas, principalmente ouvindo e compreendendo e a fazendo compreender melhor o que ela mesma sente. Há muitas clínicas especializadas, vocês já recorreram a tratamentos ou à psicoterapia? Já pensaram na possibilidade de uma adoção?

Não consigo ser humilde, sou muito orgulhoso e soberbo. Existe alguma forma de melhorar este comportamento?

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Resposta: Existe sim, desde que você queira, é claro. Todos podemos mudar o que quisermos, desde que tenhamos consciência da necessidade da mudança. Para que essa mudança ocorra é preciso identificar o que deve ser mudado, e isso você já sabe. O próximo passo é observar todas as situações em que age dessa forma e explorar as possíveis origens. Ou seja, pode ser que por algum motivo, geralmente no passado, você desenvolveu esse comportamento como uma defesa ou proteção. Mantenha o diálogo interno, converse muito consigo mesmo para que consiga compreender como começou a agir assim, conforme for observando e identificando as situações em que isso ocorre, poderá começar se exercitar a agir diferente.

ATENÇÃO!
As respostas dos profissionais desta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um profissional de psicologia ou psiquiatria e não se caracterizam e como sendo um atendimento