Diferença de ritmo sexual seria motivo para desistir de casar?

por Arlete Gavranic

Em muitos casos a diferença de ritmo sexual — quando um dos parceiros sente mais ou menos vontade de fazer sexo do que o outro — é percebida já no namoro.

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Essa diferença pode ser percebida em viagens ou finais de semana. Em outros casos, essa diferença só é percebida quando passam a morar juntos.

Muitos casais que no período de namoro não têm encontros muito frequentes (diários ou várias vezes por semana) acabam tendo um desejo mais manifesto quando a possibilidade de maior intimidade ocorre.

O mais comum sempre foi encontrar homens com um desejo sexual mais frequente e as mulheres menos desejosas. Mas tenho recebido no consultório um número muito grande de mulheres queixosas com relação a um ritmo de desejo sexual masculino, tanto de namorados como de maridos.

Por que dessa diferença?

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Para algumas pessoas isso pode acontecer em decorrência de períodos de estresse e acontecimentos desgastantes. Ou seja, a pessoa passou por uma etapa de vida que ocasionou uma diminuição da expressão de desejo. Para esses casos a terapêutica pode ser médica (se houve alteração hormonal) ou psicológica para poder auxiliar a recuperação do desejo sexual.

Mas para algumas pessoas esse ritmo de desejo sexual sempre foi diminuído ou de frequência pequena. Para alguns há desejo sexual uma, duas vezes, três vezes por semana ou mais e outros têm desejo num espaço de tempo maior.

Precisamos entender se essa pessoa com desejo diminuído, seja homem ou mulher, foi educada de maneira reprimida com relação à expressão do desejo, ou se essa pessoa nunca se atentou a dar vazão a seu desejo e sua consequente estimulação e demonstração do mesmo.

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Quando se tem noção da expressão do desejo ter sido reprimido, um processo psicoterapêutico ajudará a entender e a se libertar de crenças (familiares, religiosas, morais) para minimizar essa repressão que inibe a manifestação da frequência desse desejo.

Se a pessoa não se atentou aos seus desejos, há a possibilidade de estimular e dar vazão a eles. Algumas técnicas de terapia sexual, como por exemplo, conscientização corporal e estimulação de pontos erógenos do corpo podem ajudar a estimular o desejo. Isso poderá trazer equilíbrio em relação à frequência das relações sexuais para ambos.

Mas se mesmo com terapia, essa diferença continuar sendo um fator de insatisfação, por exemplo, um quer sexo duas a três vezes por semana e outro quer quinzenalmente e o que tem menor ritmo não se compromete ou não apresenta atitudes para estimular esse desejo, ai há um ponto delicado a ser pensado.

Sexo é para muitos um aspecto importante da manifestação não só da libido, mas também de envolvimento afetivo. Para essas pessoas, conviver com essa diferença vai gerar frustrações frequentes que poderão desenvolver uma insatisfação sexual. Isso poderá comprometer o relacionamento afetivo e até ser um estimulo a possíveis envolvimentos extraconjugais.

Se essa diferença já foi tratada com o casal e continua a ser uma fonte de grande conflito para a relação, essa pessoa que vive essa insatisfação deve avaliar se dará conta de viver uma vida marital, pois o acúmulo de frustrações e as cobranças pela não frequência acabarão gerando desgastes que muitas pessoas não conseguem superar.

Pensar nessa questão sexual como parte integrante da vida a dois é necessário sim, pois essa intimidade reflete na intensidade do vínculo e na cumplicidade do casal.

Se for muito discrepante essa diferença, seria melhor avaliar e decidir antes que as mágoas se acumulem e danifiquem mais a vida dessas pessoas.

 

Diferença de ritmo sexual seria motivo para desistir de casar?

por Arlete Gavranic

Em muitos casos a diferença de ritmo sexual — quando um dos parceiros sente mais ou menos vontade de fazer sexo do que o outro — é percebida já no namoro.

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Essa diferença pode ser percebida em viagens ou finais de semana. Em outros casos, essa diferença só é percebida quando passam a morar juntos.

Muitos casais que no período de namoro não têm encontros muito frequentes (diários ou várias vezes por semana) acabam tendo um desejo mais manifesto quando a possibilidade de maior intimidade ocorre.

O mais comum sempre foi encontrar homens com um desejo sexual mais frequente e as mulheres menos desejosas. Mas tenho recebido no consultório um número muito grande de mulheres queixosas com relação a um ritmo de desejo sexual masculino, tanto de namorados como de maridos.

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Para algumas pessoas isso pode acontecer em decorrência de períodos de estresse e acontecimentos desgastantes. Ou seja, a pessoa passou por uma etapa de vida que ocasionou uma diminuição da expressão de desejo. Para esses casos a terapêutica pode ser médica (se houve alteração hormonal) ou psicológica para poder auxiliar a recuperação do desejo sexual.

Mas para algumas pessoas esse ritmo de desejo sexual sempre foi diminuído ou de frequência pequena. Para alguns há desejo sexual uma, duas vezes, três vezes por semana ou mais e outros têm desejo num espaço de tempo maior.

Precisamos entender se essa pessoa com desejo diminuído, seja homem ou mulher, foi educada de maneira reprimida com relação à expressão do desejo, ou se essa pessoa nunca se atentou a dar vazão a seu desejo e sua consequente estimulação e demonstração do mesmo.

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Quando se tem noção da expressão do desejo ter sido reprimido, um processo psicoterapêutico ajudará a entender e a se libertar de crenças (familiares, religiosas, morais) para minimizar essa repressão que inibe a manifestação da frequência desse desejo.

Se a pessoa não se atentou aos seus desejos, há a possibilidade de estimular e dar vazão a eles. Algumas técnicas de terapia sexual, como por exemplo, conscientização corporal e estimulação de pontos erógenos do corpo podem ajudar a estimular o desejo. Isso poderá trazer equilíbrio em relação à frequência das relações sexuais para ambos.

Mas se mesmo com terapia, essa diferença continuar sendo um fator de insatisfação, por exemplo, um quer sexo duas a três vezes por semana e outro quer quinzenalmente e o que tem menor ritmo não se compromete ou não apresenta atitudes para estimular esse desejo, ai há um ponto delicado a ser pensado.

Sexo é para muitos um aspecto importante da manifestação não só da libido, mas também de envolvimento afetivo. Para essas pessoas, conviver com essa diferença vai gerar frustrações frequentes que poderão desenvolver uma insatisfação sexual. Isso poderá comprometer o relacionamento afetivo e até ser um estimulo a possíveis envolvimentos extraconjugais.

Se essa diferença já foi tratada com o casal e continua a ser uma fonte de grande conflito para a relação, essa pessoa que vive essa insatisfação deve avaliar se dará conta de viver uma vida marital, pois o acúmulo de frustrações e as cobranças pela não frequência acabarão gerando desgastes que muitas pessoas não conseguem superar.

Pensar nessa questão sexual como parte integrante da vida a dois é necessário sim, pois essa intimidade reflete na intensidade do vínculo e na cumplicidade do casal.

Se for muito discrepante essa diferença, seria melhor avaliar e decidir antes que as mágoas se acumulem e danifiquem mais a vida dessas pessoas.