O desafio de Thomas Green Morton

Por Roberto Goldkorn

Quem ainda assiste TV, deve ter visto ou ouviu falar no desafio daquele sujeito que dá U$ 1000.000,00 (Um milhão de dólares) a quem apresentar um fenômeno paranormal autêntico. Alguns incautos se apresentaram e foram logo descartados pelos nossos “caça-fantasmas” tupiniquins, com toda razão acredito.

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Como sempre, por motivos bem compreensíveis os autênticos fenômenos se esquivam e silenciam. Agora finalmente o Thomas Green Morton se apresentou para o grande duelo. Quem o conhece diretamente ou indiretamente como é o meu caso, estava estranhando que ele não se apresentasse para defender a minúscula e desunida classe dos paranormais.

O Thomas é, sem dúvida, o maior fenômeno de paranormalidade do mundo, e a gama de fenômenos que ele produz é tão vasta e tão fantástica que nem mesmo os compêndios que listam os fenômenos psíquicos tem designação para muitos deles.

Já assisti a filmes caseiros onde ele regenera um osso quebrado no meio, ressuscita um gafanhoto e um passarinho mortos (sem colocar as mãos nos bichinhos) anda sobre a água do lago (não havia o famoso caminho das pedras), dirige um carro sem tocar no volante (citado no Fantástico de 26/05 e por um famoso psiquiatra num livro sobre o paranormal).

Defesa sertaneja

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O cantor e compositor sertanejo Sergio Reis, no mesmo Fantástico de 26/05, falou de um hospital em Belo Horizonte, onde se recupera de um derrame, ser amigo do paranormal e já ter presenciado fenômenos como o de fazer uísque virar azeite e o de talheres de aço inoxidável ficarem tortos, sem tocá-los.

Ele já foi “examinado por investigadores sérios do mundo todo. E o grau de estupor deles é tamanho, que emudecem. Os mais céticos e estúpidos falam de truques muito bem-feitos, os crentes é claro atribuem tudo ao maligno, que por motivos que só Deus conhece, teria escolhido o Thomas para lhe dar, mais poder que qualquer ser humano, sequer imaginou existir.

Thomas é capaz de ficar invisível, de transformar café em óleo de sândalo, de à distância fazer as luzes de uma cidade acender e apagar ao comando de sua mão, e muito mais. É óbvio que você aí que ouve o pastor da Igreja e dá o seu dízimo religiosamente deve estar sorrindo dizendo, “coitado ele é um ingênuo, está sendo enganando por uma cara que nunca viu, isso é por que ainda não encontrou Jesus”. Talvez, mas esse não é o ponto ainda. Há alguns anos li uma entrevista do Thomas à Playboy, onde ele respondendo a pergunta, “quem era o homem mais energizado do Brasil?” Respondeu: “O Ministro Dílson Funaro (a quem ele estava tratando, “energizando”), e que sofria de câncer linfático. Uma semana depois o ministro morreu. O que quero provar com isso? Em primeiro lugar, que esse tal mágico milionário cético é, ou louco ou maluco, pois demonstra desconhecer o imenso volume de evidência dos fenômenos paranormais, inclusive pesquisados pelas maiores universidades americanas, na ex- União Soviética, Europa ,Japão, etc.

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Segundo, que por maiores que sejam os poderes que alguém possa ter, a “máquina” humana ainda é muito humana e pouco máquina, portanto, falível, aliás muito falível. Em todas as pesquisas sérias sobre a paranormalidade foi enfatizada a importância do fator emocional na gênese e desempenho desses fenômenos. Pesquisadores russos aventaram a hipótese de que na base da paranormalidade estivesse um elemento sub atômico a que deram o nome de psitron tão sutil que ainda não pode ser medido por instrumentos. Esse elemento estaria sujeito a diversas influências não só de fatores externos como a lua, manchas solares, radiação eletro magnética, mas principalmente de outras mentes.

Existe na literatura parapsicológica a figura do emissor de catapsi. Catapsi seria uma espécie de ruído, ou estática na comunicação essencial para a produção de quaisquer fenômenos psi. Algumas pessoas são catapsis naturais, outras se transformam em catapsi pelo extremo ceticismo, pelo materialismo obstinado, pela negação sistemática. O padre Quevedo, de triste figura, é um desses grandes emissores de catapsi. Em geral, a frase típica desses sujeitos é “mesmo que fosse verdade eu não acreditaria”. (Em resumo, gente como esse Randy, padre Quevedo, (que daria uma contribuição maior à humanidade, se ficasse rezando missa) e outros pseudo “caça-fantasmas”, fazem parte de um paradigma decadente, materialista, cartesiano e limitado, em fim de carreira, por isso esperneiam tanto, por isso oferecem um milhão, e fazem qualquer negócio para aparecer – estão estrebuchando.

Para aqueles que sabem a direção do vento, e sentem a profunda crise de mudança que estamos atravessando, não deve espantar os fenômenos do Thomas, nem a coça que ele deve dar no mágico de um milhão de dólares. Isso “faz parte”. O que nós antenados, e sabedores do que está em curso podemos fazer, é melhorar os nossos conhecimentos. Ao mesmo tempo devemos afinar o nosso aparato psíquico, pois o novo ser que está sendo modelado, será ao mesmo tempo proficiente em conhecimento acadêmico e sensitivo, capaz de experienciar de primeira mão insights vindos de áreas ainda nebulosas da consciência.

Para os brucutus que ainda acreditam na infalibilidade, onisciência e onipotência da Ciência experimental, só posso dizer uma palavra: RÁ!

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