Receita para encontrar felicidade é simples

por Nicole Witek

Atrás do que estamos correndo? – principalmente no fim do ano.

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F E L I C I D A D E!

Não é a felicidade que vamos desejar a todos no fim do ano? Não é a felicidade que queremos procurar para todos, através dos presentes que estamos escolhendo? Não é a felicidade que estamos comprando, tanto para os membros da família, como para os amigos?

F E L I CI D A D E!

Infelizmente, alguns nem parecem se aproximar um pouco só do contentamento. Estamos correndo a vida toda, de um evento a outro. Termina a sessão de cinema, corremos atrás do próximo jogo de futebol, termina o jogo, passamos para uma outra atividade, porque já escapou a felicidade do momento. Procuramos poder, posição social e posses materiais.

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O que recebemos em troca? Estresse, frustração, decepção, medo, ódio, falta de segurança, depressão, ulceras gástricas e enfartes.

Porém a receita é simples. Essa receita para alcançar o contentamento e um autêntico prazer de viver. E tão simples que ninguém quer experimentar.

Basta elevar a consciência para mergulhar nas profundidades extraordinárias da mente. É dentro da nossa mente que vamos encontrar a paz verdadeira, essa paz que transcende todas as sensações fugazes que nós experimentamos ao longo de nossa vida.

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Depois de ter entrado em contato com a mente profunda, longe das mesquinharias, todas as pequenezas da vida cotidiana perderão a força de magoar e de decepcionar.

Você não vai precisar mudar sua vida, não vai precisar nem parar de trabalhar. Você terá relações com seu colega, com os outros, com mais serenidade, mais tempo. Você terá contato com a essência, a sua verdadeira pessoa e não confundirá mais os fatos insignificantes com a essência.

O que é importante conhecer é o funcionamento da mente, e a maneira que ela interpreta os eventos que vem de fora e os eventos já gravados na memória.
Encontramos pessoas que vivem com condições muito humildes, dificílimas e nem parecem sofrer! O segredo está na mente. No jeito que a mente responde aos acontecimentos e o jeito que a mente responde a si mesma.

O yoga afirma que se transformarmos nossa mente, conhecermos melhor o jeito que ela funciona e seus mecanismos profundos, a felicidade aparecerá.

A melhor forma de alcançar a felicidade é o contentamento e a meditação.

Como a psicologia moderna classificou os diferentes extratos da mente?

De maneira simples, podemos divisar a mente em três níveis:

– A mente inferior – preocupada com o funcionamento e as atividades das várias partes do corpo: respiração, digestão, circulação. Nesse nível, existe também a zona mental, onde nascem as pulsões instintivas, fobias, medos e obsessões.

– A mente intermediária – ocupada pelas informações que usamos em estado de vigília, analisando, comparando, extraindo conclusões em função dos dados enxergados. Nesse nível encontramos o raciocino e o intelecto.

– A mente superior – sede da atividade superconsciente. Aqui está a fonte da intuição, da inspiração, da paz e das experiências transcendentais. É desse nível que os gênios encontram os relâmpagos de criatividade. Aqui está a fonte do conhecimento profundo

No estado de vigília, temos consciência de certos fenômenos, mas esses formam uma porção pequena, muito pequena da mente. Geralmente, é na mente intermediária que a maioria dos eventos mentais acontece.

Uma outra parte da mente que o psiquiatra suíço C. G. Jung (1875-1961) apontou para nossa sociedade é a mente coletiva, onde são armazenadas as memórias de nosso passado evolucionário, dos nossos antepassados, o reservatório de *arquétipos. Temos essa mente em comum com o resto da humanidade.

Por trás de todas as partes da mente está o Ser profundo, o verdadeiro núcleo de nossa existência. É o Ser verdadeiro que ilumina tudo, muitas vezes sem que nós tenhamos consciência. Nós geralmente achamos que o centro de nosso ser é o ego, mas ele é somente uma parte de nosso Ser.

O que acontece durante a meditação? Mandamos nossa consciência vasculhar outras partes de nossa mente. Nas atividades normais de vigília, usamos uma parte limitada de nossa mente: uma simples superfície feita de lembranças fáceis, de acesso ao raciocino e intelecto.

A meditação nos dá condições de escapar ao raciocino intelectual.

Os primeiros passos da meditação nos levam a atravessar as camadas mais instintivas de nossa mente e gradativamente a mente se eleva acima dos medos, das raivas, do pensamento racional. Gradativamente a consciência se eleva para uma parte da mente onde se revelam aos poucos espaços de verdade eterna.

Com a prática, a visão desses espaços impregna a personalidade e a transforma. Com a prática, esses espaços são reconhecidos como o Ser profundo.

A meta da meditação é a descoberta das várias partes da mente para serem ultrapassadas e assim possibilitar que entremos em contato com o nosso verdadeiro ser.

Existem dois tipos de meditação: ativa e passiva

A meditação ativa pode ser feita quando trabalhamos ou falamos, sendo totalmente engajados nos nossas atividades corriqueiras. Nossas atividades serão feitas com mais concentração e mais eficiência.

A meditação passiva deve ser feita sentada e usando uma técnica escolhida (para isso tem milhões de livros explicativos). A meta é parar as divagações da mente para concentrar-se sobre um ponto. A experiência da meditação ocorrerá automaticamente… praticando.

A meditação deveria ser praticada por todos nós. Infelizmente nosso modo de viver nos devia dessa prática. Achamos que o intelecto é a parte mais nobre da gente… Mas não é não. As descobertas do intelecto são permanentemente questionadas e se tornam rapidamente obsoletas. Basta olhar a evolução da física e os conceitos que a cada ano sacodem nossa visão do mundo. Onde tem perenidade, eternidade, segurança e felicidade? Não está no mundo externo, mas sim dentro da gente…

Encontrar felicidade?

Podemos sim! No prazer de dar presentes aos amados e por que não se dar para esse final de ano também o presente de meditar… Regularmente.

Assim praticando acessaremos a verdadeira Felicidade.

*C.G.Jung usou o termo para se referir aos modelos inatos que servem de matriz para o desenvolvimento da psique.
Fonte Wikipédia