Dor da traição leva à autossabotagem na vida afetiva

por Anette Lewin

"Fui completamente apaixonada pelo meu ex-namorado. Assim que descobri uma traição, fiquei muito mal e não consegui perdoá-lo. Estamos há dois anos e meio separados. Ele ainda me ama, mas não consigo perdoar, nem gostar dele e nem de nenhum outro homem. O que pode ser isto? Algum bloqueio?"

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Resposta: Parece que você está bloqueada sim. Não consegue ir para trás e reatar com seu ex, e nem ir para frente em direção a um novo relacionamento. Medo de se machucar? Bem, machucada você já está.

Agora, se você ainda fala com ele depois de dois anos e meio e ele ainda diz que a ama… bem, talvez valha a pena considerar a possibilidade de tentar novamente. Obviamente trocando sua postura de entrega total, por uma postura menos intensa e mais racional e tentando readquirir, aos poucos a confiança perdida. O pior que pode acontecer nessa nova tentativa é não dar certo mais uma vez. Mas pelo menos você coloca um ponto final nessa história e fica livre para um novo relacionamento.

Lembre-se que decepções acontecem em qualquer relação, por melhor que ela seja. Certamente, caso queira manter um relacionamento amoroso, você vai ter que aprender a perdoar seu parceiro e elaborar suas mágoas. Caso contrário, ficará sujeita a ter de trocar de namorado a cada semana.

Se, porém, a traição marcou você a ponto de tornar o relacionamento inviável, evite ficar falando com seu ex e ouvindo juras de amor nas quais não pretende acreditar. Isso só a deixará confusa, insegura, perdida e sozinha!

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Faça um esforço e tente conhecer pessoas novas e tocar sua vida amorosa para frente. Livrar-se do bloqueio em que se encontra só depende de você. Troque o medo e a autocomiseração pela ousadia e vá à luta. Se não conseguir sozinha, procure uma terapia para entender melhor essa dificuldade que a impede de caminhar para qualquer direção e refazer sua vida amorosa.

Atenção: As respostas do profissional desta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um profissional de psicologia e não se caracterizam como sendo um atendimento.