Regras da casa: como criá-las e transmiti-las ao filho adolescente

por Blenda de Oliveira

Depoimento de uma leitora

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"Meu filho tem 16 anos. Sou mãe solteira e nunca tive apoio do pai do meu filho para nada; como se não tivesse pai. Hoje sou casada há 8 anos e meu esposo não é tão liberal. Os dois se respeitam, mas não há amizade a ponto de conversarem sobre assuntos íntimos. Então me vejo em uma situação muito complicada. Meu filho é muito fechado e tudo que falo, ele acha que é exagero. Hoje meu esposo deu de cara com ele saindo do quarto com uma moça de 16 anos; ficou um clima chato e muita preocupação. Os dois menores de idade, sem autorização para tal ato, eu sem saber como reagir. Disse que ele não me perguntou o que acho e disse que é para respeitar mais e ter mais responsabilidade. Conversei numa boa, porém ele acha exagero meu. Eu lhe disse que não pode fazer as coisas só por que acha normal e que tem que me respeitar. Por favor, não tenho com quem falar e gostaria de saber sua opinião, o conselho de uma profissional."

Resposta: Não há muito o que discutir. As regras da casa devem ser criadas e comunicadas por você e seu marido. Independente do seu filho e do seu marido se darem ou não bem ou terem uma relação mais contida. O fato é que a maneira como vocês querem gerir a casa é algo decidido por vocês.

É importante para a educação e aprendizado do seu filho que ele conheça, respeite e compartilhe com vocês os princípios e valores considerados por vocês fundamentais.

Às vezes pelas circunstâncias que alguns filhos nascem, criamos uma ideia que devemos algo a eles e, sem perceber, permitimos e economizamos a comunicação dos limites. Em muitas situações olhamos para eles como pessoas necessitadas e frágeis. Eles não são. Podem suportar limites, críticas e frustrações.

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Conversem juntos com ele. Inclua seu marido na conversa e o ajudem a pensar e considerar que a forma como agiu ou tem agido não vai trazer para ele a liberdade que tanto deseja. Toda liberdade supõe responsabilidade e cabe a nós pais, ensinar.

Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um psicólogo e não se caracteriza como sendo um atendimento.