Já ouviu falar da dieta paleolítica?

por Flaviane Calônego

Nos últimos dois anos houve um boom de notícias em sites de saúde e beleza sobre a dieta paleolítica, que consiste em alimentar-se do que é proveniente da pesca, caça e plantação.

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A nutrição é uma ciência em constante evolução. Porém, nesse ramo, nem sempre a modernização é a chave para nos adequarmos ao cotidiano atual. A dieta paleolítica, por exemplo, propõe uma alimentação simples e natural, inspirada no que consumiam os nossos ancestrais e facilmente encontrada em supermercados, feiras livres e ervanários. O que não se sabe é que essa dieta aumenta a energia e a disposição do corpo, além de ser uma excelente escolha para quem pratica esportes de alta performance, como o crossfit.

 Em treinos de altíssima intensidade, os alimentos da paleolítica trazem resultados rápidos, pois promovem a reeducação alimentar necessária para que o atleta aproveite 100% da potencialidade do esporte. Assim, ele passa a aumentar sua performance e pode apresentar resultados excepcionais em relação à queima de gordura e ao ganho de massa magra, em comparação com as dietas tradicionais.

Diferentemente da maioria das dietas, a paleo não foca sua atenção na quantidade, mas sim, na qualidade das calorias consumidas. Ela é fácil de seguir e exclui, justamente, os maiores vilões da nossa saúde: o açúcar, os alimentos industrializados e o excesso de carboidratos. Essa combinação causa rápido emagrecimento, mas ajuda também com o fortalecimento muscular.
 
Nessa dieta, a pessoa deve comer o quanto achar suficiente para o seu corpo – ou seja, não existe contagem de gramas dos alimentos. Os principais objetivos são o emagrecimento, o controle da glicemia, o aumento da resistência e da força, a hipertrofia e uma alimentação mais natural, sem glúten e sem lactose.  O fato é que a paleolítica é baseada em alimentos de verdade.

Base da dieta paleolítica:

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– Hortaliças como repolho, abóbora, tomate, pimentão e cebola;

–  Carnes;

– Ovos;

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– Sementes;

– Frutas;

– Nozes e castanhas;

– Raízes e tubérculos como batata-doce, batata-inglesa e aipim.

Restrição

Já os alimentos plantados, como cereais (aveia, trigo, centeio, cevada, arroz e milho) e leguminosos (feijões, lentilha e ervilha), e os processados são restritos, pois o acúmulo de glicose vinda deles se transforma em gordura.

Além disso, um estudo da Universidade Leste do Michigan, dos Estados Unidos, comprovou que a dieta paleolítica é boa para a saúde do coração, o que a torna indicada também para sedentários e obesos.

Quando comparada à dieta oficial da Associação Americana de Cardiologia (AHA), ela foi mais eficaz na redução de lipídeos do sangue e na melhoria dos marcadores de colesterol. Os pacientes também apresentaram maior perda de peso e ingestão de menos calorias.
 
Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um nutricionista e não se caracteriza como sendo um atendimento.

Fonte: Flaviane Calônego é nutricionista clínica e especialista em metabolismo humano pelo Hospital das Clínicas (RS). Seu trabalho tem foco em emagrecimento, nutrição esportiva, longevidade e hipertrofia.