Vacinas: mentiras que se propagam

Por Regina Wielesnka

Não sou autoridade médica, apenas procuro me informar sobre questões de saúde pública que possam afetar minha saúde e a dos meus clientes, familiares e amigos. E uma amiga citou dados sobre o ressurgimento de doenças como sarampo em países desenvolvidos (veja, por exemplo, este link sobre o tema  https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3905323/).

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Uma das questões envolvidas é que muitas famílias estão escolhendo não vacinar seus filhos com base num artigo científico, que produziu resultados completamente falsos, em que o médico pesquisador postulava uma relação entre vacinação e autismo (para explicações sobre essa pesquisa danosa à saúde pública, leia mais em  https://drauziovarella.uol.com.br/geral/vacina-da-gripe-e-o-mito-do-mercurio/).

Até hoje a internet propaga inverdades baseadas nas afirmações desse pesquisador que forjou dados e teve seu registro médico cassado para sempre. Quando procuramos questionar a crença dos pais, não baseada em evidências científicas, eles fornecem justificativas inconsistentes, de certo modo oferecem argumentos análogos aos de antigamente,  quando se  acreditava que ratos nasciam por geração espontânea (para saber mais, consulte https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Evolucao/evolucao2.php ).

Uma inverdade perdura pela internet por períodos de décadas, e pode deixar rastros desastrosos, lamentáveis. Estamos falando de um fenômeno que obviamente ultrapassa a fronteira da ciência. A política tem sido território fértil para um bang bang de inverdades, disparadas por atiradores verbais de tudo quanto é posição ideológica.
Contra doenças há vacinas. E contra fake news, calúnias, fofocas? Ou nos tornamos defensores da verdade, com lucidez e honestidade, ou estamos fritos.

 

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