O que fazer quando o marido finge que está dormindo e…

Por Anette Lewin

Resposta: Pela sua descrição, pode ser que seu marido não esteja fingindo que dorme.

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É possível que ele esteja dormindo mesmo, e tenha um quadro neurológico denominado Distúrbio do Sono REM. É mais ou menos assim: quando a pessoa está dormindo seus movimentos ficam paralisados. Isso para que durante os sonhos a pessoa não tenha movimentos reais que acompanhem os movimentos que ela faria enquanto estiver sonhando, por exemplo, correr, bater, pular de algum lugar alto etc. Isso poderia colocar a pessoa em perigo, pois durante o sono ela está inconsciente.

No distúrbio citado acima, os movimentos da pessoa enquanto dorme não ficam paralisados e ela pode se movimentar acompanhando o que está fazendo no sono. Por exemplo, se estiver sonhando que está brigando com alguém pode bater em quem estiver próximo.

É possível que seu marido tenha esse distúrbio. Para saber se ele tem mesmo, deveria consultar um neurologista ou um especialista em distúrbios do sono.
   
Caso se confirme, para se proteger, coloque uma almofada ou qualquer anteparo físico entre vocês para que os movimentos dele não a atinjam. Ou durmam em camas separadas.

Relação: lado emocional
 
De qualquer forma, pela sua descrição, o lado emocional dessa relação deve ser questionado. Você se sente agredida pelo seu marido no relacionamento.

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Parece que as coisas não vão muito bem entre vocês e uma conversa franca se faz necessária. Já falaram sobre isso? O que ele diz? Já perguntou a ele se existe algo na relação que não está agradando?

Bem, se não conversou ainda, converse o mais breve possível. Parece muito estranho alguém agredir a esposa através de uma simulação.

Até existem casos como “esbarrões involuntários” que podem acontecer em momentos de raiva. Mas uma agressão com socos, quando ocorre, costuma acontecer com a pessoa acordada, consciente e com raiva. Assim, seria realmente uma surpresa ele confirmar que finge dormir para agredi-la. E se o fizer, cabe a você tentar entender o porquê desse comportamento tão estranho. E decidir se a relação se sustenta ou não.

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Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um psicólogo ou médico e não se caracteriza como sendo um atendimento.