Quando tudo parece dar errado…

Por Thaís Petroff

Tem vezes que parece que estamos em uma maré de “azar”. O relacionamento amoroso não vai bem ou acaba. O trabalha não traz mais realização e satisfação ou você perde o emprego. O dinheiro está curto. Os amigos sumidos. Você se sente só e desamparado e o caminho mais fácil é começar a reclamar e se vitimizar. No entanto, sabemos que essa atitude não irá ajudar em nada, pelo contrário. O que fazer então em um momento como esse?

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Nessas situações ficamos tristes, angustiados, nos perguntando por que estas coisas estão acontecendo conosco e nos sentimos injustiçados, podemos ficar com raiva e, principalmente, se não soubermos manejar bem nossos pensamentos e emoções, podemos inclusive nos deprimir.

Fato é que ficar se comparando aos outros e pensando que a vida deles é bem mais fácil que a sua, que não é justo que isso esteja acontecendo com você ou se afundando em lamentações não irá resolver as coisas, não é mesmo?! Você só irá perder tempo e energia com esses comportamentos. Tempo e energia que podem inclusive ser utilizados para efetivamente resolver a situação.

O que fazer então?

Toda situação tem uma construção. Um relacionamento não termina do nada. Você não fica insatisfeito com seu trabalho da noite para o dia. Suas relações de amizade não se modificam repentinamente. Tudo isso foi acontecendo junto a escolhas e ações suas diante de cada momento ou seja,  se queremos resolver realmente a situação precisamos compreender essa construção.

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Todos nós fomos crianças um dia e nesse período principalmente fomos absorvendo uma quantidade muito grande de informações a respeito de nós mesmos, a respeito do mundo, das pessoas e sobre as relações em geral, a respeito de dinheiro etc.

Tudo isso foi sendo guardado em nosso inconsciente através das coisas que ouvimos e vivenciamos de pais, professores, irmãos e familiares; o que seus pais esperavam de você, mas nem sempre falavam de modo claro. Como se comportavam com você: eram afetivos, eram ditadores? Conversavam com você e te davam voz? O que você ouvia e via a respeito de relacionamentos amorosos, dinheiro, amigos, trabalho etc? Toda essa bagagem foi se instalando dentro de você e criando crenças, ou seja, maneiras de pensar que governam nosso modo de ver as coisas: a nós mesmos, o mundo, as pessoas e o futuro. E com isso como sentimos e nos comportamos.

Tendo isso em mente, você já percebeu que pode ter escolhido pessoas para se relacionar que lembravam em atitudes para com você sua mãe ou seu pai? Que você lida com dinheiro de maneira semelhante aos seus pais? O mesmo em relação ao trabalho, amigos etc. Ou então que faz justamente o contrário? Pois bem, nossos pais, familiares, professores… (pessoas que nos influenciaram quando éramos crianças) são seres humanos tanto quanto nós e também têm suas questões pessoais e estão aqui para aprender e se desenvolver. Por isso te educaram da maneira que puderam, te passando as informações que achavam melhores naquele momento.

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No entanto, é possível que muito do que você tenha aprendido e hoje reproduza não seja bom ou não seja bom para você. Desse modo, quando coisas ruins acontecem, isso nos mostra que alguma decisão nossa e consequentemente nossa ação não foi no melhor caminho para nós. É como se fosse um alerta nos mostrando que estamos indo na direção errada. Por isso dói, machuca, frustra e nos deixam tristes.

Assim é necessário que acordemos e nos atentemos de que precisamos rever o que estamos fazendo, e principalmente, nossa forma de pensar que está nos direcionando para esse lugar.

Desse modo, coisas ruins que acontecem são oportunidades de aprendizado e melhoria. Um ajuste interno diante da informação que nos foi dada. Ou seja, nos cabe parar e nos perguntar qual foi a base que nos fez tomar essa direção: estávamos escolhendo com base no nosso medo, por exemplo, de ficar sozinho? De ser julgado negativamente? De ser rejeitado? De ficar sem recursos? Tomamos decisões sendo impulsivos? Procuramos o caminho mais “seguro e certo”?

Alinhe-se!

A única certeza que posso te afirmar é: se as coisas estão dando errado é por que você não está realmente alinhado consigo. As coisas até podem momentaneamente funcionar quando você não está escolhendo com base na sua verdade interna, mas como elas cada vez mais te afastaram de si mesmo elas começam a dar errado justamente porque esse não é o caminho. E, muitas vezes, o dar errado é exatamente a sua dor e sofrimento por você não estar fazendo escolhas que te deixam feliz, realizado, satisfeito, pleno e em paz.

Você pode escolher continuar insistindo e dizendo para si que esse caminho que escolheu “tem que dar certo”, mesmo percebendo que na prática não é isso que está acontecendo ou então parar e perceber no que você está desalinhado consigo. O que você não está vendo ou não está querendo ver nas escolhas que faz? Do que você está fugindo? Ou em que padrões está insistindo?

Saiba que quanto mais você tiver consciência de si mesmo, de seus medos, da sua verdade, do que verdadeiramente te faz bem e o que não faz, e seguir o SEU caminho (e para isso você pode usar o seu SENTIR como guia) mais as coisas tenderão a fluir.

Lembre-se há sim coisas que precisamos aprender, mas de modo geral, a vida é para ser fluída e fácil; se está sendo muito difícil e o tempo todo há contratempos reveja sua rota.

Fonte: www.thaispetroff.com.br