Bons olhares: gentileza, delicadeza e ternura são graças que nos são inatas

Por Samanta Obadia

Deve ser doloroso ver a vida sem nuances e sem brilho. Deve ser triste viver irritado e sem graça.

Continua após publicidade

Quando ouço as pessoas reclamarem, maldizendo o seu tempo, proferindo palavras ruins e tortas, meu coração se enche de compaixão. Imagino o sofrimento e o vazio que devem sentir.

Não conseguir ver a ternura nos outros, suas falhas e seus medos nos coloca num lugar de afastamento e solidão muito duro. Não perceber que quem lhes agride é mais frágil e inseguro na maioria das vezes, estabelece um aprisionamento terrível.

Sinto muito quando os jovens repetem esse hábito posto que haja tanto a se maravilhar. Entristecem-me os velhos que ainda não aprenderam, com tantas chances que tiveram.

A gentileza, a delicadeza e a ternura são graças que nos são inatas. Muitos de nós as perdemos ao imitarmos aqueles que nos ensinam esse caminho; outros tantos endurecem ao perder as esperanças diante de expectativas ilusórias mal criadas.

Continua após publicidade

Mas o mundo nos dá muitas chances para recobrar a inocência e a pureza da alma. Basta vivenciar o universo, vislumbrar as belezas da natureza, conviver com os animais e com as crianças. Muitas pessoas também ficam imunes a essa dureza e permanecem ternas e generosas, distribuindo sorrisos e bons olhares. Preencha seu espaço do jeito que quiser, mas aqui fica a dica para que você não seja digno de pena, mas que possa inspirar humanos a serem sempre gentis. Afinal, como disse o compositor e cantor Willie Nelson: “Seja gentil com suas palavras – você não pode levá-las de volta.”