Ilusões da mente: o que são?

Por Emilce Shrividya Starling

Muitas pessoas vivem tão iludidas que veem o mundo através do filtro de suas próprias distorções. Para elas, o planeta Terra é apenas um lugar de punição e não de aprendizado. Elas pensam mal dos outros, vivem com raiva, ódio. Fazem críticas a todos os lugares que vão e acham que todos a ofendem ou não gostam delas. Tudo é desgastante e desconfortável.

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Essas pessoas são infelizes, egoístas e cheias de apego. Suas impurezas internas são tão grandes que nem concebem o que é o amor ou gentileza. São sofredoras, mas se realizassem atos de bondade e generosidade o sofrimento delas desapareceria.

Mas elas fogem de silenciar a mente ou praticar meditação e relaxamento porque vivem por trás de uma parede de vidro de apego às emoções. Não pensam em se acalmar ou se controlar, mesmo que estejam sofrendo. Assim se tornam cada vez mais fragmentadas e sem autodomínio.

Essas impurezas, chamadas em sânscrito de malas, são o resultado de sentimentos arraigados: “Eu sou imperfeito e pecador”. “Eu sou limitado e diferente”. “Eu sou o ego, autor de minhas próprias ações”.

Por causa desses sentimentos, nós continuamos a girar na roda de nascimento e morte, presos às nossas próprias limitações. Ficamos enredados e apegados às nossas ilusões. Temos que sair desse circulo vicioso e não praticar mais nossas faltas e aprender com nossos erros e mudar a visão distorcida que tínhamos do mundo.
Algumas pessoas cometem erros e continuam a fazê-los, pois pensam que como são más e pecadoras, só podem cometer atos ruins e que não importa mais se cometem as mesmas faltas.  

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Por exemplo, uma pessoa começa beber um copo de bebida alcoólica, depois dois, três… E, depois pensa: “Já que tomei três, que mal faz um quarto copo? Eu já estou bêbado mesmo…” E assim se torna um alcoólatra. Não admite, porém, que tem esse vício e diz: “Não. Eu bebo socialmente. Bebo de vez em quando, mas posso parar quando quiser”.      
                                                                                                                                     
Mas essa pessoa precisa entender que se torna escrava do vício e apegada a ele.  Assim precisará de muita vontade interior para vencer esse apego à bebida.

Hábitos ruins podem acontecer das ações que praticamos. Portanto, precisamos sempre nos fazer essas questões básicas: “O que estou fazendo? Esse é um bom hábito? Esta é uma boa ação? Devo falar isso ou vou criar conflitos? Aonde estou indo agindo assim? É o que realmente quero?”.

É necessária a compreensão de que uma ação leva à outra e a outra e que podemos criar hábitos ruins e karmas negativos se agirmos erradamente. Temos escolhas e não podemos permitir que cada pensamento que passe por nossa cabeça nos controle.

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Quando as coisas dão errado, o que você faz? Você culpa os outros? Quer pôr a culpa em Deus e no mundo? Ou você olha para si mesmo? Já lhe ocorreu que ao assumir a responsabilidade, você pode fazer uma grande mudança em sua vida?

Você controla a si mesmo ou permite que seus pensamentos divaguem? Você segura as rédeas para trazer sua mente de volta quando ela pensa negativamente e corre livremente?  

Pense sobre isso. Desenvolva uma saudável disciplina. Tome uma atitude de controlar seus sentidos, seus hábitos, suas emoções e seus pensamentos. Cultive a limpeza da mente, sem pensamentos negativos, fortaleça seu intelecto. Purifique suas ações.

Quando surgir um pensamento, faça uma pausa por um momento, antes de agir. Observe se é uma boa ação. Cultive assim o correto pensamento, a correta palavra, a correta ação.  Entenda que cada pensamento molda seu destino e escolha ser mais feliz, alegre com um coração agradecido.

Namaste! Deus em mim saúda e agradece Deus em você! Fique em paz!