Por que não valorizamos devidamente um grande amor?

Por Eduardo Yabusaki  
 
Vivemos um cotidiano que muito nos absorve, nos consome e tira a energia que poderíamos dedicar a outras atividades e até mesmo ao relacionamento que reconhecemos como o amor da nossa vida. Por que razão descuidamos ou não damos a devida atenção e cuidado à pessoa que é mais importante para nós? O que leva à tamanha insensatez?

Quando ficamos atribulados pelo dia a dia no trabalho e pelas obrigações, acabamos deixando de observar outros detalhes e atividades tão importantes quanto àquelas  em que somos exigidos e cobrados pelo nosso entorno e por nós mesmos.

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Estamos inseridos numa estrutura de vida em que a pressão exercida pelo trabalho e outras ocupações que assumimos, acabam por passar por cima de nossas vontades e acabamos por achar ‘normal’ um ritmo alucinante, que nos cega ou nos faz sentirmo-nos incluídos dentro de uma loucura frente ao mundo.

Desta feita, por vezes podemos deixar de observar e valorizar o que realmente nos importa, como por exemplo, nossos próprios sentimentos e o relacionamento.

E assim só vamos nos dar conta de sua importância ou de sua falta quando a perda acontece. Perda essa que pode acontecer de forma drástica como a morte ou por uma ruptura irreversível como uma separação ou falta de recíproca.

Socialmente e culturalmente não somos educados ou incentivados a dar atenção devida e valorização aos nossos sentimentos mais profundos e às emoções afetivas (amorosas!); o que pode ser um equívoco. Afinal, só podemos reconhecê-las na medida em que as vivemos intensa e irrestritamente.

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Assim,  é preciso reconhecer e valorizar o quanto os nossos sentimentos e o amor são importantes para nossas vidas, para que mais tarde não venhamos a nos arrepender por aquilo que se tenha deixado de viver nesses aspectos.

Dicas para reciclar seu relacionamento

Portanto, é importante fazermos periodicamente reflexões sobre nossa vida e especialmente sobre nosso relacionamento:

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1. Avalie como está o seu relacionamento e como tem priorizado sua vida afetiva, amorosa e íntima;

2. Relacionamento se estabelece pela troca de sentimentos e afetividade, que por si só não se mantêm, é sempre importante ser demonstrado nas suas diferentes formas.

3. Amor precisa ser cultivado sempre. E para isso acontecer, a convivência próxima e íntima é fundamental. Amar não é só dizer ‘eu te amo’, mas traduzir isso em todas as demonstrações possíveis. Desde um simples gesto até a mais altruísta manifestação.

4. Cuidar permanentemente do relacionamento não deve ser uma obrigação ou compromisso, mas sim uma premissa de vida, conceito introjetado, valor de referência pessoal. Portanto, se isso tudo não estiver sendo praticado, repense e reflita sobre o que está fazendo com sua vida e seus sentimentos.

5. Este pode ser um primeiro passo para redirecionar ou explorar a fundo seus próprios sentimentos e talvez assim ter o mais profundo amor por você e por quem está à sua volta.

Certamente, meus escritos não são, jamais, verdades absolutas, mas sim ideias e conceitos colhidos ao longo de 28 anos de experiência profissional e 55 anos de vida  em que pude observar, acompanhar e conviver com pessoas que viveram bem sua vida afetiva – sentimental, bem como um sem-número de outras que sofreram e se arrependeram por não viverem ou não darem a devida atenção aos seus sentimentos e tristemente ao grande amor de suas vidas.

Fica aqui minha mensagem de otimismo para que possam ao menos refletir sobre como estejam conduzindo suas vidas afetivas; e que talvez possam direcioná-las para um maior aproveitamento, aprofundamento e felicidade. Este é meu mais sincero desejo a todos!