Hiperconectividade: como construo meus relacionamentos?

Por Regina Wielenska  

Quantas canções não exaltam a beleza e a importância do olhar? Você conhece a afirmação de que os olhos são a janela da alma? Sabe como se sente um pai ou mãe quando o bebê olha pra pessoa e esboça seu primeiro sorriso?

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Ando preocupada com o fato de que as pessoas, particularmente os adolescentes, estão gastando um tempo longo construindo relacionamentos via media social, em detrimento do convívio olho no olho. Cada vez menos famílias fazem refeições juntas, conversando sobre temas banais ou complexos, planejando coisas, sonhando juntas ou contando acerca das miudezas de cada um. Nas salas de aula, particularmente as mais convencionais, a atenção está mais no celular do que na aula em si. Exemplos não faltam.

Habilidades humanas de relacionamento

O desenvolvimento da maioria das habilidades humanas de relacionamento depende da capacidade de conexão via olhar, toque, voz, são experiências afetivas sensoriais e afetivas, cheias de expressões de interesse recíproco. As famílias precisam cultivar ocasiões frequentes de promoção da conexão entre as pessoas. Assim aprendemos empatia, a arte de nos colocarmos na pele do outro e sentir de perto o que se passa com quem interagimos. Compaixão também depende da aproximação com o outro, bem como a assertividade, a gentileza, a arte da comunicação não violenta e muitas outras habilidades fundamentais para um mundo com maior equilíbrio emocional, ética e justiça.

Sugiro a cada um examinar seus relacionamentos: o quanto e de que jeito você está se conectando com os outros? Que exemplos e lições transmitimos às nossas crianças?

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