Ele quer muito sexo, mas não sinto vontade de fazer. O que faço?

por Anette Lewin

"Ele quer muito sexo, mas não sinto vontade de fazer. Estou casada há 20 anos. Após a relação ele fica tranqüilo, mais colaborador. Do contrário, fica insuportável. Por ele faríamos sexo até três vezes por dia. Além do mais, sinto-me como uma 'máquina de trabalhar'"

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Resposta: Nunca é tarde para começar a agir de forma diferente. Essa 'máquina de trabalhar', manipulada por culpa tem que inverter alguns circuitos e canalizar mais energia para o seu próprio bem-estar. Só você mesma pode dar o primeiro passo. Mesmo que no começo seja difícil, pense em você. Pense que seus filhos, que estão presenciando tudo, têm que associar trabalho ao bem- estar. Do jeito que está, eles associarão trabalho a mais trabalho e sofrimento. E serão capazes de concluir que trabalhar não vale a pena. E aí, seus problemas continuarão. Portanto, proporcione algo de bom a você mesma, nem que seja para dizer a seus filhos que o esforço vale a pena, que a recompensa chega em algum momento. Com relação à sexualidade, respeite seu corpo e evite relações sexuais sem vontade só para acalmá-lo. Você mesma já percebeu que não funciona, não é? Lembre-se que se você mudar de comportamento existe uma possibilidade, embora pequena, de que ele mude também.

Desconfio que ele tem um caso, mas ele nega
Ele diz que se eu continuar tocando neste assunto vou estragar nosso casamento. Estou muito confusa

Resposta: Você que ter certeza se seu marido tem ou não tem um caso, não é? Para quê? E se você descobrir concretamente que ele tem, o que você vai fazer? Provavelmente vai se sentir obrigada a pular fora por orgulho ou então será convencida por ele a ficar… Mais sensato é você tomar a decisão fazendo um balanço de seu casamento. Tem coisas boas? Ainda se sustenta? Fique. Está esgotado? Você tem vontade de procurar outra pessoa? Então vá! Mas tome a decisão pelo que você sente e não pelo que ele faz.

Sou casada há 21 anos e não sou mais feliz
Já não tenho mais tesão por ele e não me separo porque penso nas minhas três filhas. Mas sinto que ainda sou muito atraente e poderei arrumar outra pessoa que me faça feliz. Ajude-me a tomar uma decisão

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Resposta: A decisão depende do risco que você pretende assumir. Em primeiro lugar, reflita sobre o que é ser feliz ao lado de alguém com quem você convive há 21 anos. É sentir-se apaixonada? É morrer de tesão toda vez que o vê? Se essa for sua idéia, esqueça! A paixão e o tesão, estão intimamente ligados ao mistério do desconhecido, e depois de 21 anos acredito que você conheça bem seu marido, e, portanto ele, por mais que se esforce, não vai conseguir despertar essas emoções em você. Agora se você encarar um casamento de 21 anos de uma forma mais realista e procurar nele cumplicidade, companheirismo e até, quem diria, amor, você ainda tem chances. E aí você vai perguntar, e o que faço com minha necessidade de me sentir mobilizada e apaixonada? Eu respondo: você pode direcionar para uma série de aspectos: novos amigos, novos estudos, novos trabalhos e, até, quem diria, novos namorados. Se você conseguir, é claro, administrar relações não convencionais. Agora, se você sente que seu casamento está totalmente esvaziado, o melhor é partir para outra. Com os riscos que vêm junto com essa decisão. Não use suas filhas para justificar suas decisões, pois isso pode trazer problemas a elas mais tarde. Se você não quer se separar é por um medo seu, exclusivamente seu, de correr riscos. Você tem razão e tem direito de ter esse medo. Ninguém pode saber o que o futuro reserva. Temos que pagar para ver. Leve em conta esses aspectos e tome sua resolução de forma consciente.

Atenção!
As respostas desta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um profissional de psiquiatria e não se caracterizam como sendo um atendimento