Casos de catapora aumentam entre julho e novembro

Da Redação

A varicela, mais conhecida como catapora, é uma doença infecciosa aguda, altamente transmissível, causada pelo vírus varicella-zoster. Ocorre com maior frequência em crianças de um a dez anos, mas pode aparecer em indivíduos de qualquer idade, que ainda não tenham a imunidade contra o vírus.

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Geralmente, a doença evolui sem gravidade. Em algumas pessoas pode ter evolução mais grave e até causar o óbito, sobretudo em adultos e em pessoas com imunidade mais frágil. A varicela deve ser acompanhada pelo pediatra da criança ou por um clínico geral ou infectologista no casos dos adulto

Apesar de casos confirmados de catapora serem registrados durante o ano todo, são mais frequentes entre os meses de julho a novembro, na época do frio e das chuvas, quando as pessoas se juntam em locais fechados, já que a transmissão do vírus se dá pelo ar.

Em crianças, as manifestações iniciais costumam acarretar apenas lesões de pele. Inicia como manchas vermelhas e evoluem para pequenas bolhas de água que se tornam crostosas quando estouram. Já nos adultos, o primeiro sintoma pode ser alta temperatura do corpo, registrada um ou dois dias antes do aparecimento das vesículas.

Após esse período, o quadro pode se caracterizar por manchas vermelhas de contorno e tamanho irregular que se tornam vesículas com água e estouram com a evolução da doença. Essas crostas podem levar à cicatrizes na pele. Portanto é bastante importante a higiene da pele. Lavar sempre as mãos com água e sabão, lavar bem as lesões do corpo para evitar infecção e cicatrizes na pele.

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O período de transmissão da varicela inicia-se 48 horas antes do aparecimento das primeiras lesões e perdura até o início da cicatrização em todas elas.

"A infecção pode ocorrer no contato com pessoas portadoras da doença, pelo contato direto ou por meio de espirros, tosse e gotículas de saliva. Além disso, a contaminação pode acontecer pela divisão de objetos recém-contaminados com secreção das lesões. A varicela pode ser transmitida também durante a gestação, por meio da placenta", explica a médica pediatra Tatiane Fabbri.

"Após a transmissão do vírus, inicia-se o período de incubação que varia de 10 a 21 dias. Dentre as complicações mais comuns estão as infecções secundárias da pele como impetigo, abscesso, celulite e erisipela. Contudo, outras doenças também podem ocorrer como pneumonia, encefalite, meningite, glomerulonefrite", comenta a especialista.

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Assim que os primeiros sintomas forem percebidos, as pessoas devem procurar um médico, para que haja a confirmação do diagnóstico e início do tratamento. A primeira indicação deve ser o afastamento da escola ou do trabalho com o objetivo de diminuir o risco de transmissão para outros indivíduos.

Segundo a pediatra, existem algumas drogas antivirais que possuem ação sobre o vírus varicela-zóster e estão disponíveis para o tratamento da doença. Porém, essas drogas não são capazes de eliminar o vírus, mas podem reduzir a duração dos sintomas e o número de lesões cutâneas. Já no caso de febre, a pessoa infectada pela doença pode utilizar medicamentos como antitérmico, dipirona ou paracetamol.

Para que a infecção bacteriana da pele seja evitada, as unhas devem ser cortadas para evitar o traumatismo durante o ato de coçar. A higiene corporal deve ser feita com água e sabão.

Para prevenir essa infecção, todas as crianças acima de um ano devem tomar a vacina contra varicela. A única contraindicação da imunização é para gestantes. "É preciso ressaltar que uma vez infectada pelo vírus, a pessoa adquiri imunidade permanente à doença, embora o sistema imunológico não seja capaz de eliminar o vírus", conclui.