Bebo sempre nos finais de semana. Isso é perigoso?

por Rosemeire Zago  

Resposta: Muitas pessoas utilizam o álcool como relaxante em ocasiões sociais, entretanto muitas vezes pode acabar resultando em dependência. É preciso ficar atento à freqüência, quantidade e controle, principalmente se houver casos de alcoolismo na família, visto que o alcoolismo é hereditário. Não estou dizendo que seja seu caso.

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Fique também atento nos motivos que o levam a beber. É apenas para relaxar ou também para se sentir mais solto, falar mais, sentir-se aceito pelo grupo ou outro motivo? Não busque no álcool uma fuga ou alívio para seus sentimentos, sejam eles quais forem, mas sempre procure identificar seus sentimentos para que não busque externamente o que só poderá encontrar dentro de si mesmo!

Quando cobranças na amizade vira um problema?
"Sempre fui uma pessoa insegura e com problemas de autoestima. Tenho um sério problema que é esperar demais dos outros"

Resposta: A busca pela aprovação e o reconhecimento de outras pessoas é algo muito comum de acontecer, principalmente quando não sentimos confiança em nossa capacidade por não termos recebido o reconhecimento que precisávamos durante nossa infância. Na verdade você se sente desvalorizada não pelo o que os outros não te fazem, mas pelo fato de você mesma não se valorizar.

O rompimento das amizades muitas vezes acontece pelo fato de você se tornar uma pessoa que talvez espere receber tanto quanto dá. Como nem sempre isso acontece, você acaba se frustrando. Cada um de nós deve ser responsável por suprir as próprias necessidades, conscientes ou inconscientes.

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Cada vez que esperamos dos outros, nos isentamos de nossa responsabilidade conosco. O que espera que os outros te façam é aquilo que você mesma pode se dar. Para diminuir sua necessidade de ser aprovada pelos outros, comece você mesma a se aprovar. Reconheça por si mesma suas qualidades.

Se quiser, tem um livro muito bom que fala sobre amor-próprio: 'Aprendendo a gostar de si mesmo' Louse Hay, Ed. Sextante.

Quando me apaixono, travo. O que fazer?
"Sou de uma família super conservadora e acho que acabei incorporando esse jeito meio certinho"

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Resposta: Como você mesmo descreveu sua família é conservadora e sua educação deve ter sido da mesma forma, gerando crenças que nem sempre são fáceis de serem modificadas, sendo muito exigente, severo e crítico consigo mesmo. Talvez da mesma forma que te trataram. Procure analisar as crenças que são realmente suas daquelas que te fizeram acreditar como suas.

Sua timidez referente ao amor, possivelmente seja por se sentir inseguro, não acreditando em sua própria capacidade. O mais indicado para isso é o autoconhecimento, ou seja, reconhecer em você suas qualidades e mudar aquilo que não aprova em si mesmo.

O caminho para elevar o autoconhecimento é a psicoterapia, mas você pode começar com perguntas básicas:
– quem eu sou?
– quais são meus valores mais importantes?
– qual o sentido da minha vida?
– o que quero para mim em cada área da minha vida?
– o que não gosto em mim?
– o que posso fazer para mudar esses aspectos?
– quais são minhas qualidades, o que mais gosto em mim?
– você busca aprovação e reconhecimento de alguém? quem?
– você busca agradar para ser aceito?

Responda cada uma dessas perguntas e analise as respostas. Se puder, faça isso escrevendo, isso ajuda a organizar a mente e a se conhecer um pouco mais.

Meu casamento acabou e perdi o sentido da vida

Resposta: Entendo como se sente, mas agora mais do que nunca é o momento de fazer por você tanto quanto fazia por ele. É hora de aprender com tudo isso. É hora de fazer algo por você. Comece sendo compreensiva e amorosa consigo mesma, não se critique, nem reprima o que sente, mas se fortaleça dando muito mais a você mesma.

O que não tem mais sentido para você? Como era sua vida antes de você o conhecer? É claro que a dor existe e que não será de um dia para o outro que ficará bem. Devemos aprender a aceitar o que não pode ser mudado, aprender que não podemos colocar sentimentos dentro de alguém e muito menos, colocar nossa capacidade de amar nas mãos de alguém. Não é porque o outro não valoriza o que você é e faz, que tudo isso não tem importância. Tem sim e muita, o outro é que não teve sensibilidade para perceber seu real valor.

Muitas vezes antes de sermos abandonadas, nos abandonamos na mesma proporção. Quando esquecemos de nós mesmos, nos desvalorizamos, deixamos de nos cuidar, entre muitos motivos, por estarmos muito ocupados em fazer o outro feliz. Será que seu sofrimento é mesmo por que o outro foi embora ou é sua alma que chora há tempos pela sua própria ausência?

As feridas podem e devem se cicatrizar, mas não permita que essa dor que dilacera e destrói tudo por dentro permaneça te fazendo desistir de você e de viver. Lembre-se: amor, atenção, carinho, amizade, não se pede. Apenas se recebe. Pense nisso!