Diabetes aumenta risco de hipertensão arterial e ataque cardíaco

Da Redação

No dia 14 de novembro é celebrado o Dia Mundial do Diabetes. A doença, que afeta aproximadamente 22 milhões de pessoas no País, é caracterizada por um aumento da glicemia de jejum e dentre suas principais complicações está a má circulação, que obstrui os vasos sanguíneos e duplica a chance do paciente desenvolver a hipertensão arterial e doenças cardíacas.

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De acordo com dados da IDF (International Diabetes Federation), a cada 10 segundos uma pessoa morre no mundo em conseqüência das complicações do diabetes. Atualmente, existem cerca de 250 milhões de casos da doença em todo o mundo e a expectativa é que esse número chegue a 380 milhões em 2025.

A hipertensão, popularmente conhecida como pressão alta, é um dos principais males relacionado com o diabetes. A doença, que acomete 50% dos diabéticos, acelera o processo de endurecimento das artérias e aumenta em quatro vezes o risco de complicações graves, como doenças arteriais coronárias.

Estudos da OMS revelam que a Doença Arterial Coronária (DAC) cresce anualmente devido ao inadequado controle dos principais fatores de risco cardiovasculares como a hipertensão, diabete e o aumento do colesterol. Nos últimos levantamentos da OMS foram registrados aproximadamente 300 mil mortes por ano decorrentes da DAC, isto é, a cada dois minutos, ocorre um óbito em função dessa doença.

Segundo o cardiologista Celso Amodeo, – especialista em hipertensão arterial do Hospital do Coração (HCor), é muito importante controlar os fatores de riscos bem como moderar o consumo de alimentos processados, embutidos e industrializados.

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Mesmo com diabetes é possível controlar a pressão arterial

Entre as populações que consomem pouco sal, a pressão arterial não aumenta com a idade. Portanto, fica evidente a necessidade de orientar a população de que mesmo com a diabetes, é possível controlar e evitar o desenvolvimento da doença.

“Atualmente o sal é consumido numa quantidade duas vezes maior do que o recomendado pelos médicos (4 a 6g) distribuídos por todas as refeições. Ao contrário disso, consome-se em média, cerca de 12 a 15 gramas por dia, chegando a uma quantidade superior em alguns estados nordestinos”, acrescenta o cardiologista.

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Hipertensão: Quais alimentos devem ser evitados?

– alimentos enlatados (ervilhas, massa de tomate, etc);

– embutidos (salame, salsicha, entre outros);

– envidrados (palmito, azeitona e molhos em geral);

– queijos e pães.

Todos esses alimentos contêm sódio (composição do sal de cozinha) e a elevada ingestão dele faz o organismo reter mais líquidos, podendo levar ao aumento da pressão sangüínea e causar a hipertensão, responsável por infarto e acidente vascular cerebral, além de afetar os rins.

Recomenda-se a utilização do sal somente no preparo dos alimentos, mas com moderação. A medida diária de sal fica em torno de 4 a 6 gramas por dia.

Tratamento

No tratamento não medicamentoso, as medidas comprovadamente eficazes no controle à hipertensão são: atividade física, dieta com pouco sal, dietas ricas em potássio, eliminação de álcool e tabaco e perda de peso.