Disfunção erétil atinge, em algum nível, 50% dos homens entre 40 e 70 anos

Da Redação

O homem brasileiro possui quatro grandes temores: a falta de ereção, a perda da libido, adoecer e a queda do poder aquisitivo. Isso é o que mostrou pesquisa realizada pelo Projeto Sexualidade (ProSex), da USP. O estudo, conduzido pela professora Carmita Najjar Abdo, ouviu mais de 10 mil pessoas em 19 cidades. "O resultado mostra a importância de uma vida sexual saudável e o peso da impotência no imaginário masculino", destaca o médico Evandro Cunha.

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Os números mostram que o medo pode tornar-se realidade em uma proporção maior do que se pensa. A disfunção erétil atinge, em algum nível, cerca de 50% da população masculina entre 40 e 70 anos. "Isso significa que eles experimentam dificuldades para obter ou manter a ereção para uma atividade sexual satisfatória", explica o urologista. Já a disfunção completa, na qual não se obtém ereção alguma, atinge 100 em cada mil homens.

Se a questão já é delicada, torna-se ainda mais complexa porque menos de 30% desses pacientes procuram ajuda médica. "O preconceito é um erro grave, pois a doença, quando diagnosticada precocemente, é mais fácil de ser tratada", destaca.

Primeiros sinais de disfunção eretil

Há sinais que merecem atenção, como é o caso de dificuldades para alcançar a ereção, além de alterações na duração e na frequência. "Ao experimentar qualquer desconforto, o homem deve procurar imediatamente um urologista", alerta.

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As causas são inúmeras e a medicina admite que os aspectos psicológicos como – ansiedade, insegurança, medo e obrigação de ter ereção – pesam mais que os fisiológicos.

No âmbito orgânico, problemas sistêmicos como síndrome metabólica, diabetes, hipertensão arterial, obesidade e alterações hormonais são os principais fatores desencadeadores.

"O diagnóstico engloba criteriosa avaliação clínica, exames laboratoriais como a dosagem de hormônios, avaliação dos vasos penianos, ecografia peniana, avaliação neurológica e avaliação psicológica", diz o médico.

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Hoje, há um amplo leque de tratamentos. A indicação depende do fator causal e pode compreender reposição hormonal, medicamentos orais e, em alguns casos, implante de prótese peniana semirígida ou inflável. O suporte psicológico e o apoio da parceira pesam positivamente na etapa terapêutica.