Conheça os sintomas da dislexia

Da Redação

A dislexia, transtorno específico de leitura, é o distúrbio mais comum encontrado nas salas de aula. O mal é decorrente de um funcionamento peculiar do cérebro no processamento da linguagem, que se apresenta em diferentes graus. A dislexia não está relacionada com má alfabetização, problemas emocionais, deficiências, baixa inteligência ou fatores sócioeconômicos. O diagnóstico precoce evita a evasão escolar.

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De acordo com a neuropediatra Heloisa Viscaíno Pereira, o transtorno é genético e hereditário, e pode ser classificado como uma doença.

"A dislexia é uma doença para fim de classificação, uma vez que é uma situação que impõe problemas para o desenvolvimento da criança e requer tratamento. Mas é uma condição que fica no final de uma curva de normalidade", explica.

Sintomas

Os sintomas básicos da dislexia são:

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– Problemas com a linguagem falada

– Leitura lenta e silabada

– Dificuldade de identificar palavras familiares e freqüentes

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– Trocas ou acréscimos na seqüência de letras, interrupção no fluxo da leitura, dificuldade em compreender o que lê, nível de escolaridade abaixo do esperado, problemas ortográficos e dificuldade de memória.

– Incapacidade de separar as palavras nos seus componentes fonéticos, que são aprendidos ao longo da infância. A criança adquire essa capacidade quando é exposta à língua materna.

Para a médica e professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), os pais devem ficar atentos ao rendimento escolar dos filhos.

Diagnóstico

A pessoa treinada ou até mesmo um professor pode ter uma idéia de que uma criança tem tendência para a dislexia ou tem uma chance maior de ter problemas na alfabetização. Muitas das crianças com a doença já apresentam dificuldades que podem ser percebidas por uma pessoa mais atenta nos primórdios da aquisição da linguagem, durante a educação infantil

Os sintomas do transtorno indicam um distúrbio de aprendizagem. Para confirmar a doença, os possíveis disléxicos devem procurar ajuda de uma equipe multidisciplinar, formada por psicóloga, fonoaudióloga e psicopedagoga clínica.

O principal tratamento é o reconhecimento do distúrbio. O paciente passará por uma avaliação neurológica que visa definir qual é a etiologia (causa) da dislexia. Feito o diagnóstico diferencial e definido o problema, é preciso fazer um acompanhamento fonoaudiológico que visa ampliar a capacidade de fluência e interpretação de texto. Isso é uma questão de treinamento, que não é feito com a ajuda de medicamentos. Os disléxicos não precisam de suporte ou acompanhamento profissional por toda a sua vida. Eles são treinados para contornar suas dificuldades e manter a autoestima.

Dica

Embora um professor treinado possa perceber se uma criança tem tendência à dislexia, os pais devem procurar ajuda de uma equipe multidisciplinar formada por psicólogo, fonoaudiólogo e psicopedagogo clínica para diagnosticar o problema.