Exercício físico pode auxiliar na prevenção de enxaqueca, indica estudo

por Ricardo Arida

Os médicos usam uma variedade de tratamentos com ou sem fármacos para prevenir enxaquecas. Terapias como relaxamento e controle do estresse têm sido grandemente utilizadas e muitas vezes com resultados eficazes.

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Dentre os tratamentos não farmacológicos, os mais bem documentados incluem os exercícios de relaxamento. Ainda, estudos científicos têm avaliado o efeito do exercício aeróbico na frequência e intensidade da enxaqueca.

Apesar dos efeitos positivos do exercício físico no tratamento para melhorar a enxaqueca, não existe muitas evidências científicas de que ele realmente funcione.

Dessas evidências, um estudo mostrou que um programa de exercício físico aeróbio apresentou-se seguro e útil em melhorar a capacidade de exercício, sem deterioração do status do participante com enxaqueca (1).

Por outro lado, alguns trabalhos relatam o exercício físico como um fator desencadeante de enxaqueca, o que pode ser uma razão para alguns pacientes evitarem as atividade físicas. Nesse sentido, tem sido observado que indivíduos com enxaqueca e outras dores de cabeça são menos ativos fisicamente do que aqueles sem dores de cabeça (2).

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Uma pesquisa da Academia Sahlgrenska da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, mostrou que o exercício físico pode ser tão bom quanto drogas na prevenção de enxaquecas.

O estudo envolveu 91 pacientes com enxaqueca, um terço dos quais foram convidados a praticar 40 minutos de exercício aeróbio, três vezes por semana sob a supervisão de um fisioterapeuta, o outro terço fazendo exercícios de relaxamento, e o último terço com o tratamento farmacológico (topiramato). Os tratamentos, tanto farmacológico como de relaxamento e programa de exercício físico duraram três meses. Os resultados mostram que o número de enxaquecas caiu em todos os três grupos.

Em conclusão, o exercício mostrou em ser igual aos métodos bem documentados de relaxamento e topiramatono (medicamento anticonvulsiante) no que diz respeito à redução da frequência de enxaqueca. Essa abordagem não farmacológica pode, portanto, ser uma opção para o tratamento profilático da enxaqueca em pacientes que não se beneficiam ou não querem medicação diária.

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1- Varkey E, Cider A, Carlsson J and Linde M. A study to evaluate the feasibility of an aerobic exercise program in patients with migraine. Headache 2009; 49(4): 563–570.

2- Varkey E, Hagen K, Zwart JA and Linde M. Physical activity and headache: results from the Nord-Trondelag Health Study (HUNT). Cephalalgia 2008; 28(12): 1292–1297.

3- Varkey E., Cider A., Carlsson J., Linde M. Cephalalgia 2011; 31(14) 1428–1438.

Exercício físico pode auxiliar na prevenção de enxaqueca, indica estudo

por Ricardo Arida

Os médicos usam uma variedade de tratamentos com ou sem fármacos para prevenir enxaquecas. Terapias como relaxamento e controle do estresse têm sido grandemente utilizadas e muitas vezes com resultados eficazes.

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Dentre os tratamentos não farmacológicos, os mais bem documentados incluem os exercícios de relaxamento. Ainda, estudos científicos têm avaliado o efeito do exercício aeróbico na frequência e intensidade da enxaqueca.

Apesar dos efeitos positivos do exercício físico no tratamento para melhorar a enxaqueca, não existe muitas evidências científicas de que ele realmente funcione.

Dessas evidências, um estudo mostrou que um programa de exercício físico aeróbio apresentou-se seguro e útil em melhorar a capacidade de exercício, sem deterioração do status do participante com enxaqueca (1).

Por outro lado, alguns trabalhos relatam o exercício físico como um fator desencadeante de enxaqueca, o que pode ser uma razão para alguns pacientes evitarem as atividade físicas. Nesse sentido, tem sido observado que indivíduos com enxaqueca e outras dores de cabeça são menos ativos fisicamente do que aqueles sem dores de cabeça (2).

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Uma pesquisa da Academia Sahlgrenska da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, mostrou que o exercício físico pode ser tão bom quanto drogas na prevenção de enxaquecas.

O estudo envolveu 91 pacientes com enxaqueca, um terço dos quais foram convidados a praticar 40 minutos de exercício aeróbio, três vezes por semana sob a supervisão de um fisioterapeuta, o outro terço fazendo exercícios de relaxamento, e o último terço com o tratamento farmacológico (topiramato). Os tratamentos, tanto farmacológico como de relaxamento e programa de exercício físico duraram três meses. Os resultados mostram que o número de enxaquecas caiu em todos os três grupos.

Em conclusão, o exercício mostrou em ser igual aos métodos bem documentados de relaxamento e topiramatono (medicamento anticonvulsiante) no que diz respeito à redução da frequência de enxaqueca. Essa abordagem não farmacológica pode, portanto, ser uma opção para o tratamento profilático da enxaqueca em pacientes que não se beneficiam ou não querem medicação diária.

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1- Varkey E, Cider A, Carlsson J and Linde M. A study to evaluate the feasibility of an aerobic exercise program in patients with migraine. Headache 2009; 49(4): 563–570.

2- Varkey E, Hagen K, Zwart JA and Linde M. Physical activity and headache: results from the Nord-Trondelag Health Study (HUNT). Cephalalgia 2008; 28(12): 1292–1297.

3- Varkey E., Cider A., Carlsson J., Linde M. Cephalalgia 2011; 31(14) 1428–1438.