Amor patológico: quem sofre do problema e está em tratamento pode se envolver com alguém?

por Eduardo Ferreira Santos

"Comecei a acompanhar o site Vya Estelar e gostaria de parabenizar pela esclarecedora ajuda que vocês vêm prestando. Há três meses fui diagnosticado com amor patológico e desde então venho tomando remédios para me curar dessa doença. A questão é que desde então, tive altos e baixos sempre ligados a curtos relacionamentos que tive nesse período. Agora percebi que, mesmo em tratamento, sempre que me envolvo em algum tipo de relacionamento, mesmo que seja só de quatro dias e sem significado nenhum para outra pessoa, me sinto dependente daquela pessoa. Minha dúvida: para pacientes que estão em tratamento de amor patológico, é recomendado ou não se envolver em qualquer tipo de relacionamento?"

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Resposta: Na verdade, o diagnóstico de "Amor Patológico" não existe na Psiquiatria oficialmente.

O que se pode pensar, no seu caso, talvez seja o diagnóstico de "Transtorno de Personalidade Dependente" que é um quadro profundo devido a problemas ocorridos durante a estruturação de sua personalidade.

O tratamento pode ou não incluir medicação, mas o mais adequado é uma ampla psicoterapia de reconstrução cognitiva (talvez a TCC- terapia cognitivo-comportamental) que poderá levá-lo a se reorganizar psicologicamente.

Qualquer envolvimento por ora terá essa característica de você se tornar dependente emocionalmente de sua parceira. Portanto, é melhor evitá-lo para que nem você, nem uma eventual parceira sofram com uma relação patológica.

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