Liberte-se da autodepreciação

por Emilce Shrividya Starling

A autodepreciação e a raiva de si mesmo são como venenos da mente.

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Algumas pessoas têm essas tendências mentais que lhes oprimem. Elas não gostam de si, se criticam e menosprezam o que fazem, acham que sempre estão realizando menos que as outras pessoas.

Essas tendências mentais são devastadoras e minam a alegria e o entusiasmo. E, devido a essa atitude interna, elas passam a só ver os defeitos e falhas dos outros. Criticam e reclamam de tudo e de todos o tempo todo.

O efeito disso sobre a mente delas é como uma doença. A raiva penetra nelas como um veneno corrosivo que afeta tudo o que elas pensam e fazem. Tornam-se desagradáveis e infelizes.

Muitas vezes, essa autodepreciação começa na infância, quando a criança é muito reprimida e os pais criticam sem elogiar; quando os pais ou professores exigem muito dela ou a comparam com outras crianças.

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Daí a importância do elogio sincero, de valorizar as boas notas, em vez de apenas criticar as notas baixas, de elogiar até mesmo as coisas simples que os filhos fazem e não somente reprimir os erros.

Como pensa quem se autodeprecia:

Contemple agora se você já teve algum pensamento de autodepreciação como:

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–  “Não consigo fazer isso, pois não sou capaz. Não sou tão inteligente como ele”

–  “Não sou bom o suficiente em coisa alguma, portanto não gosto de mim”

–  “As pessoas são sempre mais felizes do que eu, portanto não gosto de mim”

–  “Não gosto do meu cabelo, nem do meu corpo. Não sou bonito (a), por isso não gosto de mim”

–  “Já cometi tantos pecados e erros, portanto não gosto de mim”

–  “As pessoas não gostam de mim, portanto eu também não gosto de mim mesmo”

A raiva de si mesmo se alimenta de pensamentos e sentimentos como esses, sempre se comparando com os outros ou criando metas pessoais que não podem ser atingidas.

Entenda que isso é diferente de estender os próprios limites e alcançar uma meta difícil, porém possível. É necessário usar o discernimento para conhecer os próprios pontos fracos, os talentos e habilidades.

Quem não se aceita, quem não gosta de si mesmo, vive no egocentrismo e esse sentimento de não aceitação o submerge cada vez mais no derrotismo.

Quem se valoriza sai do espaço de carência e é capaz de se amar, de se elogiar, de apreciar o belo, de ver as qualidades das outras pessoas.

A Filosofia do Yoga nos ensina: “A raiva de si mesmo não é sua única escolha. Quando você experimenta o Ser interior dentro de você, descobre o quanto tem se subestimado. Na verdade, você tem todo o poder de que precisa para fazer qualquer mudança em sua vida. Você pode conquistar suas aspirações. Portanto, pare de sabotar sua própria grandeza, sua própria divindade”.

Para experimentar a grandeza do seu Ser interior, é preciso romper, elo por elo, as cadeias da autodepreciação e ódio de si mesmo. É preciso parar de se maltratar com crenças negativas.

Um grande Mestre yogue, Baba Muktananda, disse: “Você não deve se diminuir olhando sempre suas faltas. Não deveria recordar seus pecados passados. Você não deveria identificar-se com as incontáveis fantasias e pensamentos que lhe surgem na mente. Deveria apenas lembrar-se do Senhor, que vive em seu interior. Você deveria livrar sua mente do sentimento de culpa, isso é só uma fase da mente. Em vez disso, deveria cantar o nome divino”.

O yoga nos ensina a linguagem do amor incondicional, nos ensina a ver a bondade dentro de nós e nos outros também.

Assim, não importa que circunstâncias você esteja experimentando na vida, encontre tempo para meditar, para ajudar aos outros, para sorrir. Não espere que sua mente fique feliz para fazer algo de bom. Faça algo de bom agora. Seja feliz agora. Comece a se amar mais agora. Seja feliz apesar de…

Fique em paz!  Namaste! Deus em mim saúda e agradece Deus em você!