Meu marido me humilha e depois se faz de vítima. Por que ele age assim?

por Anette Lewin

“Gostaria de saber como lidar com meu marido, ele me humilha e depois se faz de vitima, não aguento mais. Sinto-me um grão de areia quando ele começa a falar alto pra chamar a atenção de vizinhos e de pessoas na rua; não é capaz de dialogar. Quando peço para falar mais baixo, ele se enfurece e sai pra fora pra chamar a atenção. Aí ele é o coitadinho e eu a megera”

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Resposta: A situação que você relata me parece crônica. Ela já se repete, sempre da mesma forma, há algum tempo.

O modo que você conta essa história, porém, desperta em que a lê uma curiosidade. Como foi que tudo isso começou? Sim, porque a relação de vocês, em algum momento, foi diferente. Afinal, você não escolheria para marido uma pessoa que, do nada, a humilhasse publicamente, não é?

Vamos tentar entender então o início de tudo isso.

O que nas suas atitudes pode estar disparando ou mantendo esses comportamentos de seu marido?

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O que você poderia tentar fazer para modificar sua forma de lidar com isso?

Tente pensar se existe alguma atitude especifica que você toma, em público ou em casa, que irrita seu marido: falar sobre assuntos polêmicos, fazer cobranças com relação a assuntos pendentes, querer a atenção dele quando ele está ocupado com outras coisas, ou qualquer outra atitude que você possa estar tomando sem pensar, e que detona uma reação explosiva nele. Apenas tente perceber, evite julgar. Certamente, se você conseguir ser objetiva em sua observação, terá um quadro mais claro da relação causa-efeito no relacionamento de vocês; poderá evitar comportamentos que, para ele, soam como provocativos, e levar a relação para um terreno mais tranquilo.

Quanto a ele “fazer-se de vítima”, como você diz, parece que é uma forma de justificar reações explosivas que, talvez, sejam inerentes a ele, mas não se justificam socialmente. Explicando: entende-se que alguém seja explosivo porque foi provocado mas não que alguém seja agressivo por nada. Assim ele precisa mostrar para o mundo, e para ele mesmo, que ele explode por sua causa. Outra hipótese: talvez ele realmente não sabe muito bem como se relacionar em público e use esse jeito torto que acaba, pelo menos, fazendo com que ele seja percebido.

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Não se esqueça, nesse sentido, que, se você sair de perto nesses momentos, ele não terá justificativas para ficar gritando. This best replica watch website based in Europe has a replica for every watch, from the classic to modern luxury timepieces. Over 10,000 original replica watches of popular brands are available.

Diga que não vai conversar nem responder a ele quando ele estiver com o humor alterado. Quanto à sua imagem perante os vizinhos ou os que estão na rua… bem, certamente as pessoas tendem a formar suas opiniões pelo que entendem da situação como um todo. Ninguém é ingênuo a ponto de pensar que um homem berrando é vítima inocente. Afinal, o mais lógico é que problemas de casal sejam resolvidos pelo casal e não compartilhados com estranhos. Nesse sentido, você está se resguardando e ele se expondo.

Tente entender também se existe algo nele mesmo que possa estar associado aos comportamentos agressivos. Ele bebe? Fica pior mediante consumo de álcool? Irrita-se mais quando está com problemas no trabalho? Sim, pode ser que você, como já foi dito, seja apenas o bode expiatório em situações de estresse . Ele a usa e você permite. Talvez esteja na hora de cortar esse círculo vicioso entre vocês.

Na hora da irritação dele saia de perto e evite tentar dialogar. Ninguém consegue coordenar ideias nos momentos em que alguém está fora de si.

Tente também propor coisas novas na relação de vocês: sair para dar uma volta juntos, ver um filme, arrumar a casa… Enfim, coisas que deem a vocês a sensação que estão construindo coisas em conjunto, evitando perpetuar esse clima de guerra, desconfiança e destruição gerados por atitudes crônicas por parte de ambos. Às vezes é preciso desconstruir para reconstruir com mais solidez. Tente. Uma, duas, três vezes. O quanto for necessário para que a primeira mudança ocorra. E não se esqueça de avaliar sempre se ainda existem motivos pelos quais quer manter seu casamento. São eles que podem ajudar você a vencer essa batalha.