Cigarro e contraceptivo elevam em 20 vezes risco de infarto

Da Redação

No Dia Mundial Sem Tabaco (31/05), muito se falará sobre os inúmeros males pulmonares causados pelo cigarro, como câncer e enfisema. Mas não se pode esquecer que o tabagismo é considerado também um dos mais importantes fatores de risco de infarto e acidentes vasculares cerebrais. Por isso, o cigarro deve ser combatido, principalmente por quem, além de fumar, tem hábitos que agravam os riscos. É o caso de milhares de mulheres brasileiras que combinam o tabagismo ao uso da pílula anticoncepcional.

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Estudos apontam que o consumo de 15 cigarros por dia aliado ao uso do anticoncepcional aumenta em 20 vezes o risco de doença cardiovascular. O médico cardiologista José Roberto Barreto lembra que nunca as mulheres correram tanto risco de infarto como nos dias de hoje.

"A doença, tipicamente masculina, passou a ocorrer cada vez mais entre as mulheres, que mudaram radicalmente seu estilo de vida. Hoje, estão mais propensas ao sedentarismo e à má alimentação. Para piorar, formam um dos grupos de fumantes que mais crescem no mundo", comenta.

Para a Organização Mundial da Saúde, pílulas combinadas – as que contêm estrógeno e progesterona – não devem ser consumidas por mulheres fumantes acima dos 35 anos. "Isso porque a nicotina ajuda na agregação de plaquetas e os hormônios facilitam a formação de coágulos. Ou seja, o fumo aliado a esse tipo de droga pode estimular a coagulação e, conseqüentemente, o entupimento das veias", explica. Para as mulheres que ainda não conseguiram deixar o fumo, os métodos contraceptivos mais indicados são os que contêm somente progesterona.

Prevenção

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A partir dos 35 anos, é fundamental que as mulheres realizem exames de colesterol e pressão arterial anualmente. Mesmo parecendo um mantra, é fundamental repetir que a combinação de uma dieta saudável, aliada à prática de atividade física regular e ao abandono definitivo do cigarro compõem o caminho para se viver muito e bem. "Não há dúvidas de que as mulheres deixaram para trás o estigma de sexo frágil, mas uma saúde de ferro é resultado de uma vida levada a sério",  conclui.