Carreira: não dê um tiro no pé! ? Parte II

por Roberto Santos

Este texto é o segundo da série Carreira: Não dê um tiro no pé!, para ler o primeiro clique aqui.

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Especialmente nos dias correntes da história da política nacional apenas o nome dessa disciplina já arrepia o povo mais esclarecido com as farras de cartões e mensalões. Nunca neste País…como gosta de usar o chefe dos companheiros, se rifou tão barato o serviço público e a representação popular democrática por meio da política. Não é para menos então que as pessoas de bem se arrepiem só de pensar no quase palavrão que está se tornando o termo “política” em todas suas formas e flexões.

No ambiente corporativo, muitos de nós já devemos ter falado ou ouvido essa palavra em contextos relativos a carreiras e competências profissionais. Ou já ouvimos que precisamos ser mais políticos, ou já falamos que alguém só consegue algo na empresa porque é muito político. Será que aqueles que nos dão o feedback para sermos mais políticos estão errados e nós sempre certos ao resumir o desempenho de um colega à sua pejorativa habilidade naquilo que não temos?

Geralmente, a verdade nunca está apenas de um lado em dilemas desse tipo. Quando alguém nos dá a dica que devemos ser mais políticos, pode estar querendo dizer que precisamos escolher melhor a hora, o local e a forma de falar alguma coisa que é importante, verdadeiro, justo mas que pode derrapar carreira abaixo se não for adequadamente articulado para ser emitido. Se usar de inteligência emocional – autocontrole emocional e gestão de nossos relacionamentos é sermos mais poíticos, então devemos nos preparar para se acostumar com esse palavrão, pois ele precisa entrar em nosso repertório.

Por outro lado, o colega que tem a habilidade política única e exclusivamente para o desserviço da “comunidade” corporativa e para seu benefício pessoal, é aquele que vulgarmente se chama de “politiqueiro” ou “carreirista”. Este cidadão se aproveita de idéias de outros, menospreza pontos de vista alheios mesmo quando sabe que são valiosos, toma para si o crédito e reconhecimento que era devido a outros, quando não adota meios mais ativos e ardilosos de minar o caminho de colegas e envenenar os ouvidos de superiores. Entre os dois colegas há um abismo de diferença que devemos considerar para avaliar qual o ponto intermediário que devemos escolher e o critério deverá ser a Ética que deve alicerçar nossos valores pessoais.

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