Como atender aos anseios dele sem deixar de ser eu mesma?

por Anette Lewin

"Tenho 50 anos e estou no terceiro relacionamento fracassado. Eu me moldo aos meus companheiros. Eles acham o máximo, só que me canso e fico frustrada. O que fazer para mudar o meu comportamento?"

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Resposta: Você tem consciência de que nunca mostrou suas ideias, suas vontades ou suas emoções nos relacionamentos. Representou o personagem que seus ex-maridos esperavam e viveu feliz pelo tempo em que o espetáculo, aceito por você, durou…

Por que você se distanciou de si mesma?

Certamente essas vivências aconteceram por um distanciamento que você criou em relação a si própria.

Preferiu satisfazer os desejos do outro do que seus próprios.

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Por que será?

Prazer da conquista pela conquista?

Baixa autoestima?

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Pouco autoconhecimento?

Prefereêcia por relacionamentos mais curtos?

Sim, todas essas explicações podem estar vinculadas ao seu comportamento, mas você não quer explicações, quer soluções, não é?

Bem, vamos a elas então.

Vire o jogo: batalhe pelos seus desejos dentro do relacionamento

Primeiro

Antes de mais nada a pergunta básica:

Você sabe o que é ser você mesma?

Sabe o que espera de um relacionamento depois da conquista?

Desvendar-se é necessário. Se ainda não se preparou para esse encontro consigo mesma, a hora é esta. Certamente não será tarefa fácil nas primeiras vezes, mas depois você se acostuma.

Segundo

Em seguida, é importante colocar vontades descobertas para seu parceiro. Mesmo que você saiba que isso possa gerar certo desconforto, coloque-se, batalhe para ser ouvida e atendida. Evite desistências nas primeiras resistências ou enrolações: seja objetiva. Coloque na cabeça que você precisa aprender a desenhar melhor seus desejos para poder tentar realizá-los. Satisfazer apenas aos desejos do outro pode ser mais fácil, garantir uma resposta de agradecimento e de afeto, mas construir uma relação a dois duradoura é outra coisa. É misturar vontades, projetos, modos de vida… Enfim algo mais complexo do que apenas ser gostada ou recebida com sorrisos e beijinhos; é dividir alegrias e tristezas, durem elas quanto durarem; é conviver com o lado difícil do parceiro sem odiá-lo por ter esse lado.

Vale a pena tentar, sem dúvida. Correndo o risco de descobrir que sua antiga fórmula de relacionamento era mais gratificante, pelo menos enquanto durava… Sim, ninguém é obrigado a viver um único amor durante a vida toda. Há os que gostam de variar. Melhor? Pior? Sem julgamentos. Apenas mais uma das escolhas possíveis na relação amorosa. E, certamente, se você descobrir que está vivendo relacionamentos rápidos e apaixonados por que escolheu, sentirá o sabor da vitória de ser a autora de suas próprias histórias.