Nunca tive orgasmo. O que há de errado comigo?

por Ana Cláudia Simão

Um grande número de mulheres se queixa da obrigação de atingir ao orgasmo nas suas relações sexuais. Muita pressão e grande importância é colocada no orgasmo feminino, afastando a possibilidade de haver outros aspectos de satisfação em uma relação íntima. Normalmente, essas mulheres se sentem fracassadas e, consequentemente, seus parceiros inadequados como amantes.

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Focar diretamente no orgasmo, seja ele masculino ou feminino, avaliando a situação como 'sucesso ou fracasso', desvaloriza a variedade de prazeres que se pode encontrar durante a transa..

Quanto mais você estiver preocupada (o) com a possibilidade de 'fracasso', mais seu medo afetará sua habilidade de experimentar prazer sexual. Na verdade a ansiedade contribui imensamente para a inibição do orgasmo.

A facilidade com que a mulher atinge o orgasmo e, a intensidade desta experiência, varia de mulher para mulher. E na mesma mulher varia de situação para situação, de tempos em tempos.

Algumas mulheres nunca chegaram a atingir o orgasmo mesmo sendo estimuladas intensamente, enquanto que outras facilmente atingem o clímax. Há também mulheres que não sabem se a sensação que experimentam chega a ser um orgasmo. O que é comum e mais freqüente é a habilidade de atingir o orgasmo algumas vezes, ou atingir o orgasmo com alguns parceiros e com outros não.

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O orgasmo e a masturbação

Quase toda mulher que se estimula sexualmente chega ao orgasmo. Se você nunca teve um orgasmo, mesmo através da masturbação, a melhor maneira de experimentá-lo é saber como se tocar, descobrir as partes de seu corpo mais sensíveis, se observar nua, se acariciar, conhecer e saber manusear sua vagina. Com este exercício você vai aprender como seu corpo poderá responder a certos estímulos.

A masturbação é a maneira mais fácil que a mulher tem para se excitar e atingir o clímax, é o melhor caminho de se preparar para uma relação sexual com o parceiro. Uma vez que se consegue chegar ao orgasmo através de estimulação própria, você estará pronta para entender o desenvolvimento da excitação corporal.

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Mas afinal… como é o orgasmo?

Orgasmo é uma reação de reflexos normalmente gerada por estimulação do clitóris, do qual contrações musculares são profundamente sentidas dentro da vagina como uma série de pulsações intensas. Como muitos reflexos, o orgasmo pode ser inibido e sua intensidade vai variar de acordo com seu estado psicológico.

A maior parte das mulheres atinge o orgasmo através da estimulação do clitóris, sendo o método mais comum de masturbação e o mais fácil. De alguma maneira o clitóris corresponde `a cabeça do pênis, apesar de ser mais sensível.

Algumas mulheres atingem o orgasmo através da penetração, num ponto no interior da vagina sensível ao prazer sexual chamado de Ponto G, sobre o qual iremos ainda dedicar um artigo específico nesta coluna.

Estimulação clitoriana produz um orgasmo intenso e focado. Durante a penetração, a presença do pênis na vagina parece fazer com que estas sensações diminuam ou talvez se tornem mais difusas. Essa diferença pode explicar como algumas mulheres que atingem ao orgasmo clitoriano, ficam em dúvida se realmente experimentam orgasmo durante a penetração.

A mulher necessita de estimulação contínua para atingir o clímax. Não importa se ela está perto de chegar ao orgasmo, as sensações irão se perder se não der continuidade a estimulação.

Outro fato comum de acontecer é a mulher deixar de ter um orgasmo e não se concentrar em suas próprias sensações, por estar preocupada em dar prazer ao companheiro, situação esta que resulta em frustração. A mulher deveria se concentrar mais em seus desejos e necessidades durante o ato sexual e saber mostrar o que realmente a faz sentir prazer e satisfação.

Orgasmo depende de sua habilidade de se 'deixar levar', de sua entrega emocional e corporal, de estar bem consigo mesma. Cansaço, ansiedade, tensão e ressentimentos são grandes causadores do 'insucesso' sexual.

Acho importante acrescentar que se por acaso, mesmo se sentindo à vontade para um encontro íntimo com seu parceiro, caso você não atinja o clímax esperado, não se sinta fracassada pois têm momentos que a procura do sexo é apenas uma necessidade física e/ou emocional de se sentir confortável junto ao outro.

 

Nunca tive orgasmo. O que há de errado comigo?

Ana Cláudia Simão

Um grande número de mulheres se queixa da obrigação de atingir o orgasmo nas suas relações sexuais. Muita pressão e grande importância é colocada no orgasmo feminino, afastando a possibilidade de haver outros aspectos de satisfação em uma relação íntima. Normalmente, estas mulheres se sentem fracassadas e, conseqüentemente, seus parceiros inadequados como amantes.

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Focar diretamente no orgasmo, seja ele masculino ou feminino, avaliando a situação como ‘sucesso ou fracasso’, desvaloriza a variedade de prazeres que se pode encontrar durante a transa.

Quanto mais você estiver preocupada (o) com a possibilidade de ‘fracasso’, mais seu medo afetará sua habilidade de experimentar prazer sexual. Na verdade a ansiedade contribui imensamente para a inibição do orgasmo.

A facilidade com que a mulher atinge o orgasmo e, a intensidade desta experiência, varia de mulher para mulher. E na mesma mulher varia de situação para situação, de tempos em tempos.

Algumas mulheres nunca chegaram a atingir o orgasmo mesmo sendo estimuladas intensamente, enquanto que outras facilmente atingem o clímax. Há também mulheres que não sabem se a sensação que experimentam chega a ser um orgasmo. O que é comum e mais freqüente é a habilidade de atingir o orgasmo algumas vezes, ou atingir o orgasmo com alguns parceiros e com outros não.

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O orgasmo e a masturbação

Quase toda mulher que se estimula sexualmente chega ao orgasmo. Se você nunca teve um orgasmo, mesmo através da masturbação, a melhor maneira de experimentá-lo é saber como se tocar, descobrir as partes de seu corpo mais sensíveis, se observar nua, se acariciar, conhecer e saber manusear sua vagina. Com este exercício você vai aprender como seu corpo poderá responder a certos estímulos.

A masturbação é a maneira mais fácil que a mulher tem para se excitar e atingir o clímax, é o melhor caminho de se preparar para uma relação sexual com o parceiro. Uma vez que se consegue chegar ao orgasmo através de estimulação própria, você estará pronta para entender o desenvolvimento da excitação corporal.

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Mas afinal… como é o orgasmo?

Orgasmo é uma reação de reflexos normalmente gerada por estimulação do clitóris, do qual contrações musculares são profundamente sentidas dentro da vagina como uma série de pulsações intensas. Como muitos reflexos, o orgasmo pode ser inibido e sua intensidade vai variar de acordo com seu estado psicológico.

A maior parte das mulheres atinge o orgasmo através da estimulação do clitóris, sendo o método mais comum de masturbação e o mais fácil. De alguma maneira o clitóris corresponde `a cabeça do pênis, apesar de ser mais sensível.

Algumas mulheres atingem o orgasmo através da penetração. Isto acontece através da pressão peniana, num ponto localizado no interior da vagina, sensível ao prazer sexual, o chamado Ponto G, sobre o qual iremos ainda dedicar um artigo específico nesta coluna.

Estimulação clitoriana produz um orgasmo intenso e focado. Durante a penetração, a presença do pênis na vagina parece fazer com que estas sensações diminuam ou talvez se tornem mais difusas. Esta diferença pode explicar como algumas mulheres que atingem ao orgasmo clitoriano, ficam em dúvida se realmente experimentam orgasmo durante a penetração.

A mulher necessita de estimulação contínua para atingir o clímax. Não importa se ela está perto de chegar ao orgasmo, as sensações irão se perder se não der continuidade a estimulação.

Outro fato comum de acontecer é a mulher deixar de ter um orgasmo e não se concentrar em suas próprias sensações, por estar preocupada em dar prazer ao companheiro, situação esta que resulta em frustração. A mulher deveria se concentrar mais em seus desejos e necessidades durante o ato sexual e saber mostrar o que realmente a faz sentir prazer e satisfação.

Orgasmo depende de sua habilidade de se ‘deixar levar’, de sua entrega emocional e corporal, de estar bem consigo mesma. Cansaço, ansiedade, tensão e ressentimentos são grandes causadores do ‘insucesso’ sexual.

Acho importante acrescentar que se por acaso, mesmo se sentindo à vontade para um encontro íntimo com seu parceiro, caso você não atinja o clímax esperado, não se sinta fracassada pois têm momentos que a procura do sexo é apenas uma necessidade física e/ou emocional de se sentir confortável junto ao outro.

 

Nunca tive orgasmo. O que há de errado comigo?

Por Arlete Gavranic

A mídia propõe e reforça um modelo de mulher muito diferente da realidade da grande maioria. Espera-se que as mulheres sejam desejosas por sexo e mais que orgásticas, que tenham orgasmos múltiplos! Todas as mulheres, jovens, adultas ou já na 3ª idade, homo e heterossexuais sofrem com essas cobranças e podem correr o risco de viver essa dificuldade de prazer.

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Por essa cobrança de perfeição, muitas mulheres ainda hoje fingem orgasmo. Seria mais saudável conhecer seu corpo, conversar com o parceiro e aprender a desfrutar da delícia que pode ser uma boa transa. Mas de forma solitária isso também é possível através da masturbação.

Há mulheres que só atingem o orgasmo por meio da masturbação, em sonhos ou com o sexo oral, muitas vezes isso demonstra que essa mulher, ou melhor, que esse casal precisa aprender a escolher uma posição sexual que ajude a continuar a estimulação do clitóris durante a penetração, para que haja uma maior possibilidade de ter o orgasmo na hora da transa.

A melhor posição é aquela que a mulher e o parceiro se sintam mais confortaveis e que permita que eles continuem estimulando o clitóris. Uma opção pode ser a posição colher: a mulher de lado com o homem por trás. Mas também pode ser a mulher por cima, que possibilita um melhor controle dos movimentos e estimulação do clitóris.

Como é esse orgasmo?

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Um orgasmo dura, em média de 2 a 10 segundos e traz a sensação de um intenso prazer, seguido de uma sensação de relaxamento e alívio, uma sensação de desligamento do meio externo, chamada por Kinsey de “la douce mort”- uma doce morte.

É importante que essa mulher não se sinta inferior como mulher, pois orgasmo é um só. Esses conceitos Freudianos de que existem orgasmo vaginal e orgasmo clitoriano estão ultrapassados, pois desde as pesquisas de Máster e Johnson na década de 60 considera-se que são uma coisa só, ligados pelo grande centro de prazer que está no cérebro.

Técnicas para atingir o orgasmo

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– A masturbação é um treino importantíssimo para as mulheres que, por uma educação repressora, não conhecem as sensações corporais. Conhecer o corpo e também a genitalia estimula a descoberta do prazer a caminho do orgasmo e do próprio orgasmo.

– A masturbação pode ser um aprendizado importante se e você for daquela que se distrai facilmente olhando a cortina que descosturou, pois te ajuda a concentrar nas suas sensações.

– Se você fica ansiosa quando está transando a masturbação pode ser um bom recurso, pois é uma boa possibilidade para você exercitar sua sexualidade sem se sentir “avaliada” diante do parceiro.

– Se você se queixa por não sentir prazer com a estimulação do clitóris ou pela demora em atingir o orgasmo, você pode, literalmente, lançar mão do uso de vibradores ou massageadores que irão te estimular e te ajudar a descobrir novas senações.

– Conheça seu corpo e aprenda a desfrutar das suas sensações, perceba o prazer quando passa uma bucha na hora do banho ou na hora de passar um creme, lentamente, pelo corpo todo.

– Ao tomar posse do seu corpo e aprender a desfrutar das sensações que ele oferece, aí sim, divida com o parceiro suas preferências. Diga a ele onde as carícias te estimulam mais, como você prefere que ele faça. Isto costuma dar bons resultados.

– Relaxe isto ajuda muito e impede aquela cobrança contínua do ‘tenho que conseguir’.

– A leitura de textos específicos sobre o tema ou ver alguns vídeos ajudam você a ver o caminho a ser percorrido.

Por que muitas mulheres têm dificuldade em atingir o orgasmo?

A queixa de não atingir o orgasmo é uma das mais freqüentes entre as mulheres que buscam terapia sexual. Essas mulheres trazem junto com a frustração de não atingirem o orgasmo, a sensação de insatisfação, de irritabilidade e de baixa auto-estima por se considerarem incapazes. Essa dificuldade leva a inúmeros problemas e insatisfações no relacionamento.

A falta de orgasmo, chamada de anorgasmia, em geral é um problema que é composto por questões emocionais, educacionais e por vezes também por questões orgânicas – principalmente hormonais.

Podemos dividir as queixas da falta de orgasmo em dois tipos:

· Mulheres que nunca conseguiram ter a sensação de orgasmo
· Mulheres que conseguem ter a sensação de orgasmo com algumas estimulações como na masturbação, no sexo oral ou com manipulação do clitóris

Essas mulheres que nunca atingiram o orgasmo têm, na maioria das vezes, uma história de uma educação e uma religiosidade, repressoras da sexualidade e do corpo, com uma visão distorcida da sexualidade associada a pecado, imoralidade, sujeira, nojo… e carregam o grande medo de serem punidas por se sentirem pecadoras por ter uma vida sexual.

Muitas mulheres não conhecem seu corpo, nem anatômicamente, por exemplo: onde fica o clitóris; a diferença entre o canal vaginal (por onde ocorre a penetração do pênis, por onde é mensalmente eliminada a menstruação e por onde sai o bebê caso a mulher tenha parto normal) e o canal da uretra por onde se elimina a urina. A não obtenção do prazer também pode ser decorrente de situações como uma iniciação sexual muito traumática.

Com relação às mulheres que nem sempre atingem o orgasmo ou já tiveram essa sensação em algum momento de suas vidas, é preciso observar diversos fatores. Primeiramente, deve-se verificar possíveis problemas ginecológicos, por exemplo uma ferida, uma infecção ou um ressecamento vaginal causado por uma alteração hormonal, como acontece muito freqüentemente em mulheres após a menopausa ou depois de uma cirurgia da retirada do útero e ovários. Todos esses aspectos podem interferir no orgasmo e devem ser tratados por um ginecologista.

Muitas mulheres em determinadas épocas de suas vidas deixam de sentir prazer. Isso pode acontecer após a maternidade, pois acreditam que já cumpriram com seu papel progenitor e se desinteressam pelo sexo. Há ainda aquelas que por motivos de estresse, trabalho excessivo ou pela falta deste, e também por terem sido ou por acharem que foram traídas pelo companheiro, podem vir a apresentar dificuldades no orgasmo. Não podemos deixar de falar das mulheres que na menopausa passam a acreditar que sua vida sexual acabou ou se sentem envelhecidas e desistem de viver uma vida com prazer, inclusive no sexo.

Quando falamos da dificuldade de orgasmo, precisamos pensar na disfunção de ejaculação rápida, ou gozar rápido, pois quando seus parceiros são rápidos demais não conseguem proporcionar prazer às suas parceiras.

Prazer dividido

Muitas mulheres questionam não conseguirem obter prazer com uma determinada pessoa e com outra sim. É sempre importante lembrar que para a maioria das mulheres o sexo ainda está relacionado a algum afeto e à qualidade desse relacionamento, a confiança existente, cumplicidade, ao desejo ou admiração e aí elas conseguem viver o orgasmo numa relação de eroticidade.

Para a maioria das mulheres o orgasmo não é uma reação automática ou meramente um roçar de corpos desvinculado de afeto, como ocorre mais freqüentemente entre os homens. Mas não podemos deixar de levantar um aspecto interessante: ter um orgasmo é um revelar-se, e envolve uma perda de controle por alguns instantes, o que pode ser reprimido por mulheres muito racionais e controladoras de suas vidas e que sentem medo em perder o autocontrole mesmo que seja por prazer.

Pense quais dessas questões citadas podem estar se referindo a você, repressão, desconhecimento do corpo, vergonha, falta de motivação. Começe a analisar como mudar essas tendências que você tem alimentado em sua vida.