4 dicas para acabar com sobrepeso e o sedentarismo

por Renato Miranda

Segundo o IBGE, (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população brasileira adulta é 49% constituída de pessoas que estão acima do peso ideal, considerando o IMC (índice de massa corporal. Peso dividido pela altura ao quadrado.)

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Por que isso acontece? De uma forma geral por causa do comportamento das mesmas. Em outras palavras: são pessoas que comem mal (ingerem muitas calorias além do necessário para manterem suas atividades diárias), dormem pouco/ou mal (menos de 7 horas de sono por dia e/ou não conseguem dormir profundamente a fim de restaurar as energias) e por conseguinte não praticam exercícios físicos de modo continuado (sem interrupção) e controlado (regulação da carga de treino e da metologia utilizada). Exemplo: correr três vezes por semana em ritmo lento com duração de 30 minutos cada seção em superfície plana.

Quando algumas pessoas me perguntam o que fazer, são tantos questionamentos, indecisões e certa angústia que nem mesmo escutar pacientemente uma ou outra explicação as mesmas suportam. Por outro lado, o estresse das demandas diárias (trabalho, estudo, família, etc.) é tão grande que muitos reclamam que estão cansados de ouvir aconselhamentos que parecem verdadeiras “palestras”.

Sendo assim resolvi responder algumas perguntas o mais diretamente e superficialmente possível.

O que fazer se…?

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1ª) Não escolho bem os alimentos e como muito

Não compre alimentos para ter em casa que sejam muitos calóricos: biscoitos, chocolate, refrigerantes, sorvetes bolos, etc. Quando você está com fome você tende a comer aquilo que é mais calórico – seu cérebro te impulsiona para isso. Além disso, quando você que comer algo fora das refeições, são os alimentos acima que você possivelmente escolherá.

Nas refeições coma devagar e diminua, aos poucos, a quantidade de alimentos ingerida. Procure beber o mínimo de líquido nas refeições (nunca acima de 120 ml). Procure se alimentar com alimentos saudáveis e se possível, consulte orientação de um (a) nutricionista e endocrinologista.

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2ª) Não tenho ânimo para praticar exercício físico

Não ter ânimo significa basicamente que a pessoa nunca tentou (concretamente) estabelecer uma rotina disciplinada de exercícios. Então comece agora mesmo. Vista uma roupa adequada e faça algo (que goste ou tenha uma possível percepção que possa vir a gostar. Ou ainda faça algo que um profissional lhe indicar, mesmo que você pretensamente considere que não lhe agradará.).

Comece a se exercitar aos poucos, de modo a não se sentir esgotado (a). Assim terá ânimo, não sentirá muitas dores musculares e não terá a sensação do corpo muito cansado no dia seguinte. O importante é “vencer” a inércia da imobilidade e partir para a ação. Em poucas semanas (três a cinco), com trinta minutos diários, cinco a seis vezes por semana de exercício físico você sentirá um progresso motivante.

3ª) Não faço exercício físico por que não tenho tempo

Hoje em dia realmente as pessoas se dedicam muito ao trabalho e aos estudos. Mesmo assim é possível se exercitar. Em última análise, ao menos vinte minutos em sua vida por dia é preciso se dedicar a saúde. Observe que a percepção do tempo para se exercitar, muitas vezes não é uma interpretação objetiva, ou seja, se a pessoa pensar concretamente, ela encontrará seus trinta minutos (ou vinte! em último caso) para o exercício físico. Um bom profissional de educação física poderá auxiliar na confecção de uma rotina funcional de treinamento físico.

Ao iniciar uma rotina de exercício (andar e correr, por exemplo), tente pensar como um atleta e procure perceber que o treinamento é parte de sua vida, tão importante como o trabalho.

4º) Não consigo dormir direito

Não consuma nenhum tipo de remédio para dormir, a não ser em caso extremo e com orientação médica especializada. Faça sua última refeição três horas antes de dormir e evite ingerir alimentos que contenham gordura de origem animal, pois não facilitam a digestão.

Os exercícios físicos ajudarão a regular os níveis de produção de neurotransmissores que repercutirão para uma boa noite de sono, por exemplo: dopamina – presente nos circuitos cerebrais do sentimento de recompensa e motivação; endorfina – responsável por diminuir o impacto das dores, pois, tem efeito analgésico e auxilia o controle da ansiedade; serotonina – responsável pela indução do relaxamento e do sono, além de estar presente nos circuitos cerebrais do humor. Em resumo, dorme melhor que faz exercícios físicos.

Para que essas dicas funcionem o ditado popular: Querer é poder, não basta. É preciso dizer: Com disciplina, querer é poder. Aí sim, ninguém te segura!