Somos o que somos graças à memória

por Marta Relvas

“Neurobiologia da memória: base na formação do Conhecimento Humano

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A memória é uma faculdade cognitiva de extrema importância, pois ela carrega a base de todo o nosso saber. Desde o nosso nascimento, é pela memória que constituímos a base do conhecimento de toda a nossa vida. Conhecimentos dos mais básicos como o ato de andar, falar e comer, até os mais complexos, só são possíveis graças à capacidade de armazenamento de experiências do nosso cérebro através da memória.

Armazenando lembranças de experiências positivas e negativas, nós podemos decidir quais atitudes tomar ou evitar, como devemos agir diante de tal situação e até nossas preferências e costumes. Dessa forma a nossa personalidade se amolda. De acordo com RELVAS, M.P.(2009), “o registro dessas experiências através de fatos vividos e observados, podendo ser resgatados quando necessário, faz com que a memória seja a base para aprendizagem”.

Para que a memória se constitua, inicialmente passamos pelo processo de assimilação, e nesse processo, informações são enviadas para a memória de curto ou longo prazo. Em seguida o *hipocampo é ativado com a função de categorizar os fatos relacionados a eventos importantes e de também reconhecer modificações espaciais. Sendo assim, ele filtra as informações, usa e descarta as informações de curto prazo e se encarrega de direcionar as de longo prazo a diferentes áreas do Córtex cerebral. Essas informações trafegam por nossa rede de neurônios dando inicio a um processo químico sofisticado e nessa etapa o hipocampo entra em “repouso” novamente para que a tarefa seja assumida pelo Lobo Frontal que é descrito pela autora RELVAS, M.P.(2009) como o “coordenador geral” das memórias que as classifica em diferentes tipos dando origem ao “raciocínio”.

* Hipocampo – é uma estrutura localizada nos lobos temporais do cérebro humano, considerada a principal sede da memória e importante componente do sistema límbico. Além disso, é relacionado com a navegação espacial. Seu nome deriva de seu formato curvado apresentado em secções coronais do cérebro humano, se assemelhando a um cavalo-marinho (Grego: hippos = cavalo, kampi = curva).

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