Músicos eruditos sofrem de perda auditiva

Da Redação

Estudo realizado na Finlândia mostrou que um número considerável de músicos eriuditos sofre de perda auditiva, tinnitus (zumbido) e/ou hyperacusis (hipersensibilidade sonora), males que podem afetar a vida pessoal e a carreira profissional.

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Dos músicos pesquisados, 15% sofrem de tinnitus permanente e 41%, de tinnitus temporário. O estudo também detectou que pelo menos 43% dos músicos eruditos daquele grupo sofrem de hyperacusis, uma hipersensibilidade a níveis normais de som, de intensidade fraca ou moderada, independente do ambiente ou da situação em que ele ocorrer. Normalmente o indivíduo não sabe informar que tipo de som lhe é desconfortável.

Outro dado preocupante do estudo é a relação entre a perda auditiva e o estresse – 83% dos músicos responderam que consideram seu trabalho estressante. A pesquisa mostrou que aqueles que sofrem com danos auditivos estão três vezes mais propensos a ter estresse. Já quem sofre de tinnitus está cinco vezes mais propenso e aqueles com hyperacusis, nove vezes mais.

Em média, músicos eruditos são expostos a altos níveis de barulho por cinco a seis horas diárias. O som de um baixo duplo, por exemplo, pode alcançar 83 decibéis; uma flauta ou os instrumentos de percussão podem produzir 95 decibéis. A recomendação da Organização Mundial de Saúde é a de que um ambiente de trabalho não tenha mais do que 85 decibéis de ruído. A União Européia recomenda 87 decibéis.