O papel do xamã urbano

por Carminha Levy

Todo caminho de autoconhecimento que o xamã urbano percorre tem como objetivo torná-lo um ser de luz atuante humanamente na sua comunidade. Estamos vivendo estarrecidos uma realidade inconcebível: o assassinato de uma criança de cinco anos que tem como indiciados seu pai e madrasta. Isso tocou profundamente o Inconsciente Coletivo das massas.

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Diariamente um número incontável de crianças são mortas tão cruelmente como essa nossa menina, mas o que difere o clamor que enlouqueceu a população foram dois fatores:

1º) Este acima abordado

2º) O sensacionalismo da mídia que, tal qual hienas, ficaram atiçando os ódios dos justiceiros que necessitam de um bode expiatório para exorcizar seus próprios demônios – como fazia a Igreja Católica ao queimar as bruxas na idade média.

Ser xamã urbano hoje significa viver de acordo com a ética das cinco regras do xamã:

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1ª) “O Xamã pratica a impecabilidade do guerreiro.

Quero aqui conclamar todos os neoxamãs e outros seguidores do caminho da luz a por em prática essa máxima. O que é praticar a impecabilidade perante uma tragédia dessa ordem? É ser prudente e cauteloso e cultivar o não julgamento que é o 3º) “Não” do Xamã.

“Nãos” do xamã

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1º) Não deixe de fazer o que tem de ser feito.

2º) Não faça nada, quando nada há a ser feito.

3º) Não emita opinião fechada de certo ou errado – ou seja, não julgue!

Na medida que pai e madrasta (por terem sido pré-julgados culpados) não tenham sua inocência comprovada nada, nada tirará a pecha de assassino que está marcada a ferro e fogo neles. As suas vidas e dos dois filhos estão completamente maculadas com este estigma, pois as crianças serão eternamente, nesta nossa cruel realidade, filhos de criminosos inomináveis.

A ciência do Direito é bem clara: Todos são inocentes até prova em contrário. Este benefício da dúvida é de Justiça Divina que seja dado a todos os suspeitos. E o que a massa está oferecendo as suas crianças, levando-as na sua ignorância a assistir esse circo macabro no qual se grita “assassinos” com a leviandade de quem está no estádio de futebol xingando o time rival ?

O que dizer da avó (mostrada na TV) que levava o neto para ver o “espetáculo” da saída dos suspeitos da prisão e que em nome de Jesus os ensinava a mandar os assassinos para o inferno?

Ser xamã urbano na atualidade é nos comprometermos como também os espiritualistas, guerreiros da luz e da paz a não, ficar calados, pois a impecabilidade do guerreiro nos leva a dar aos suspeitos a complacência e a misericórdia do grande mestre Jesus que , referindo-se a Madalena nos ensinou:

Que atire a 1ª pedra aquele que nunca pecou.

Na paz e no comprometimento com a justiça.

Axé na luz!