Mulheres ainda têm acesso limitado a cargos de gestão

Da Redação

Apesar de representarem a maioria da população e da classe trabalhadora brasileira, 53% das mulheres consideram que as empresas em que trabalham não oferecem meios para ampliar a promoção feminina a cargos de gestão, segundo levantamento da Sodexo Benefícios e Incentivos no Brasil.  Além disso, 88% afirmam que as empresas não oferecem nenhum plano ou projeto de qualidade de vida específico para mulheres que ajude a conciliar a vida pessoal e profissional. O levantamento, realizado no último mês, ouviu 1.052 pessoas que estão trabalhando atualmente, sendo 66,25% mulheres e 33,75% homens.

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Essa percepção contraria os Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs – Women's Empowerment Principles), iniciativa da ONU Mulheres e do Pacto Global que estabelece sete princípios para o meio empresarial, em forma de documento, para empoderar as mulheres no ambiente de trabalho, no mercado profissional e na comunidade. O plano da ONU Mulheres tem como objetivo igualar a presença feminina e masculina no mercado de trabalho, com base nos princípios de liderança corporativa sensíveis à igualdade de gênero.

 “Construir um ambiente profissional igualitário, diverso e inclusivo, produz resultados financeiros e não financeiros nas organizações como o aumento do engajamento e satisfação dos colaboradores, reputação e reconhecimento de marca, retenção de clientes e crescimento do lucro orgânico e bruto”, afirma Aline Tieppo, gerente de Comunicação da Sodexo.  

O resultado desse levantamento reforça a responsabilidade das empresas em criar meios para promover a equidade de gênero no ambiente de trabalho em todos os níveis hierárquicos e também em estruturar programas que ofereçam às mulheres outras dimensões de qualidade de vida, como tempo com a família, lazer e cuidados com a saúde e a espiritualidade.

 O levantamento também revelou que, apesar de considerarem que as empresas em que trabalham não oferecem meios para ampliar a promoção feminina a cargos de gestão, metade das mulheres entrevistadas se sente reconhecida pelo trabalho que exerce nas organizações. E ainda que 72% das mulheres e 89% dos homens consideram que as mulheres são tratadas com respeito e dignidade por seus colegas e superiores no ambiente de trabalho.

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