Corrida e caminhada leves podem proteger coluna vertebral, indica estudo

Da Redação

Em abril desse ano, uma importante revista cientifica associada à Nature publicou o estudo “O exercício de corrida fortalece o disco intervertebral” (Título original: Running exercise strengthens the intervertebral disc), afirmando que as pessoas que caminham e/ou correm com frequência têm discos intervertebrais mais hidratados, maiores e mais saudáveis, do que aqueles que são sedentários.

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“O estudo mostra ser benéfico andar e correr na faixa de 5 a 9km/h. Menos do que isso ou mais não traz benefícios à coluna. Esses resultados da pesquisa mudam a forma de entender a influência dos esportes na proteção da coluna, já que até esse artigo ser publicado, era consenso que apenas as atividades de fortalecimento protegiam a região.

Sendo assim, agregamos agora uma nova ferramenta: caminhadas e corridas”, diz Dr. Vinicius Benites, cirurgião especialista em coluna vertebral e presidente da Sociedade Brasileira da Coluna – Regional São Paulo.

Segundo estatísticas da Organização Mundial de Saúde, OMS, 80% da população apresentará dor nas costas em algum momento da vida, sendo essa uma das dores mais comuns no mundo. Isso geralmente acontece devido a vários traumas acumulados na região que resultam desgastes dos discos.  No início não há sintomas, mas com o tempo surgem as dores, que vão piorando e podem afetar o pescoço, os braços e até as pernas, comprometendo significativamente a qualidade de vida do indivíduo.

Benites explica que o estudo representa a primeira evidência em seres humanos de que o exercício pode ser benéfico para os discos intervertebrais e fornece suporte para a noção de que protocolos de exercícios específicos podem melhorar as propriedades do material dos discos “Os pesquisadores acreditam que suas descobertas são ponto de partida para definir melhor os protocolos de exercícios e os perfis de atividade física para o anabolismo dos discos intervertebrais em seres humanos, contribuindo com o fortalecimento da região e, consequentemente, protegendo o desgaste temporal da coluna”.

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