Prática regular de atividade física exige se envolver em uma rotina própria

por Renato Miranda

Uma leitora do Vya Estelar, brasileira e residente no Japão, me perguntou como fazer para estar em constante prática de exercícios físicos, com o objetivo de obter o peso ideal e, por conseguinte, uma boa saúde.

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Essa questão talvez seja a mesma de muitas pessoas que também querem manter-se esteticamente no grupo de pessoas não obesas.

Diversas orientações e dicas para um bom nível de prática de exercícios físicos são frequentemente divulgadas em forma de textos e outras opções de mídia e promoções do conhecimento. Aqui mesmo no Vya Estelar, se fizermos um busca criteriosa encontraremos vários textos elucidativos e motivadores no que diz respeito às múltiplas correlações entre exercício físico e saúde.

Entretanto, vez ou outra eu gosto de arriscar uma única diretriz que sintetize uma série de orientações para a prática de exercícios físicos.

Nossa leitora pode ficar surpresa ou até mesmo desapontada, mas acredito que o melhor passo para um nível constante e regular de exercício físico se resume em estabelecer e envolver-se em rotinas próprias.

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Muito se fala que a rotina significa monotonia e chateação. Mas, na verdade, é a rotina de má qualidade que nos aborrece. Uma boa rotina e apropriada para tudo que se faça, funciona como facilitadora do desenvolvimento da concentração e da manutenção dos ótimos níveis de motivação na execução de tarefas.

Uma boa rotina auxilia a memória a “cristalizar” todas nossas ações (tarefas) que julgamos importantes e, portanto, elas tendem a serem realizadas da melhor maneira possível e com isso nos envolvemos cada vez mais de forma motivada e intensa nas mesmas tarefas.

Ao mesmo tempo, esse envolvimento nos dá tranquilidade, pois sabemos que temos grande chance de fazer bem feita a atividade em questão. Observe que mesmo nas pequenas atividades diárias como escovar os dentes, tendemos a mantermos o mesmo comportamento. Desde guardar a escova no mesmo lugar até o momento de começar a escovação.

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Se colocássemos a escova em lugares diferentes a cada dia e não tivéssemos uma ordem de ações para a escovação, isso iria gerar um grande estresse e consequente inútil nervosismo.

Observe como profissionais experimentados como atletas, jornalistas, médicos etc., quando em ação sempre partem do mesmo ordenamento de conduta (procedimentos), talvez seja isso que se convencionou chamar de automatização.

Portanto, o problema não é a rotina, mas, a qualidade da rotina.