Família: um grande amor

por Samanta Obadia

A filosofia traz em sua palavra a presença do amor, posto que ‘philo’ significa amor e ‘sophia’, saber. A palavra ‘philosophia’ significa, então, ‘o amor ao saber’.

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E se invertêssemos a ordem? “Sophiaphilo”. Poderíamos falar em ‘saber ao amor’?

Como a sabedoria pode nos auxiliar no aprendizado do amor? Sentimento, tantas vezes paradoxal, nem sempre é coerente com a construção do saber.

Amar é um aprendizado a partir da experiência com o outro, uma troca de cuidados que se inicia na família, quando mãe e filho são um único ser.

Esse saber cresce na relação com os irmãos e com os amigos, na percepção das semelhanças e diferenças, presente entre esses; esbarrando na identificação e/ou repulsão aos antepassados.

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Família, constituição necessária, instintiva e formativa. Grupo, clã, tribo. Inserção fixada pelos genes e pela cultura. Família de pessoas que acolhemos, e que nos adotam, por afinidade.

São tantas as formas de amor, que é difícil estabelecer parâmetros entre elas.

O único parâmetro é o próprio amor, o respeito à dignidade do outro como ser vivente, como parte do grupo que se intitula imagem e semelhança de Deus.

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Saber amar, construindo um conhecimento nessa arte, é a busca essencial de todo grupo que se propõe como humano, a caminho de sua divindade transcendente.