Da Redação
Mês a mês, as mulheres jovens e saudáveis têm 20% de chance de engravidar. Depois dos 35 anos, essa taxa cai para 5%. Ou seja, cada vez mais os casais modernos – que investem na carreira antes de formar uma família – se deparam com a necessidade de buscar ajuda médica para ter um filho. Mas, como saber se estão indo ao lugar certo?
De acordo com Silvana Chedid, especialista em Medicina Reprodutiva, é importante que o casal tenha parâmetros claros para avaliar as clínicas de fertilização que visitarem. “É comum que a própria decisão de recorrer a um especialista cause algum estresse ou impacto emocional. Portanto, quanto mais bem informados o homem e a mulher estiverem, mais tranqüilidade terão para enfrentar as etapas subseqüentes”.
A especialista diz que a primeira recomendação é pedir indicação ao ginecologista – desde que se tenha uma relação de confiança estabelecida entre médico e paciente. “Como qualquer outra grande decisão na vida, a gente deve colher informações e não ter pressa para decidir. Afinal, trata-se de escolher uma equipe para ajudar a conceber uma criança. Geralmente, o casal deve levar em conta cinco fatores: histórico da clínica, taxas de sucesso, tipos de tratamento, custo do tratamento e serviço. Quem basear a escolha em apenas um fator estará correndo riscos. O ideal é avaliar o conjunto”, diz.
Veja algumas perguntas que podem ser feitas por telefone, e-mail, ou mesmo durante uma consulta prévia.
1 – Há quanto tempo a clínica está no mercado?
2 – Quantos tratamentos a clínica realiza por ano?
3 – Há restrições a algum tipo de tratamento? (idade, hepatite B ou C, sobrepeso/obesidade, casais homossexuais)
4 – A clínica oferece mapeamento genético para Síndrome de Down ou outras doenças transmitidas geneticamente?
5 – Qual é a taxa de sucesso e o tempo médio dos tratamentos?
6 – Qual é a taxa das gestações que resultaram em gestações múltiplas?
7 – Quais os exames necessários antes de dar início ao tratamento?
8 – Como é o processo? Quanto tempo, em média, levará?
9 – Quantas consultas serão necessárias durante o processo?
10 – Há efeitos colaterais?
11 – O tratamento será acompanhado do começo ao fim pelo mesmo médico/equipe?
12- A clínica oferece algum serviço de suporte emocional?
13 – Que outros serviços estão disponíveis? (massagens, acupuntura, aconselhamento de casal etc.)
14 – Qual é o custo médio do tratamento, entre medicamentos e exames?
15 – Como o pagamento é realizado? Há facilidades?
Fonte: Dra. Silvana Chedid, ginecologista especialista em Medicina Reprodutiva e chefe do setor de Reprodução Humana da Beneficência Portuguesa, em SP.