4 tópicos para evitar o efeito sanfona

Da Redação 

Você fecha a boca, segue a dieta à risca, se dedica aos exercícios físicos e chega ao peso desejado. Pouco tempo depois, deixa de lado os hábitos saudáveis, volta a levar uma vida sedentária e, ao se pesar, percebe que já recuperou os quilos perdidos.

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Esse é o chamado “efeito sanfona”, nome dado para repetidos ciclos de perda e ganho de peso corporal. Existe uma variação anual que é considerada normal, entre três e cinco quilos. Quando essa alteração é maior, acima dos dez quilos, já é caracterizada como “efeito sanfona”.

Segundo a Abeso (Associação Brasileira do Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), entre 80% e 90% das pessoas que emagrecem acabam voltando a engordar. Além dos riscos à saúde, quem passa por esse fenômeno uma vez tende a se tornar uma “vítima” constante dele.

“É uma bola de neve”, diz a nutricionista e coach Gladia Bernardi: “A cada vez que o indivíduo passa por essa experiência, o “efeito sanfona” é mais intenso e prejudica a autoestima.”

“Após o término da dieta restritiva, se não for criada uma nova rotina, com a adoção de novos hábitos saudáveis, a tendência é voltar a comer para compensar o período que foi visto como um período de privação”, explica a especialista. “É por isso que muitos voltam a engordar”.

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Mas engana-se quem acha que o “efeito sanfona” é consequência de toda dieta e não pode ser combatido. Para Gladia, qualquer pessoa pode fugir desse problema ao incorporar no dia a dia alguns itens essenciais:

1º) Mude sua mentalidade

Se a pessoa encarar os novos hábitos à mesa como uma reeducação alimentar, e não como uma restrição, terá a chance de mudar de vida de forma definitiva, cultivando um comportamento saudável que dificilmente será abandonado depois, e, por isso, não esbarrará no “efeito sanfona”.

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A dieta não deve ser vista como um castigo ou um sacrifício. Combinado ao regime, é muito importante criar novos hábitos, como seguir horários regrados para se alimentar e passar a praticar exercícios físicos. Escolha atividades que sejam prazerosas para você, como pedalar, caminhar ou andar de patins. Assim, você considerará esse processo como um novo estilo de vida, e não como uma fase passageira.

Pesquisadores do National Weight Control Group descobriram que 90% das pessoas que conseguem manter o peso depois da dieta continuam a praticar exercícios físicos com regularidade. Por isso, é muito importante manter o pique, mesmo depois que o período da dieta acabar.

2º) Escolha bem seu profissional de emagrecimento

Nos dias de hoje, ter o auxílio de um profissional da saúde para emagrecer acaba sendo tão importante quanto ter uma balança dentro de casa. “Não basta apenas fazer uma consulta e sair do consultório com um cronograma de dieta. É preciso ter um acompanhamento sério”, enfatiza Gladia.

Segundo a especialista, além da pessoa estar disposta a emagrecer, também deve estar atenta ao método do responsável pelo acompanhamento. “Em muitos casos, quando a pessoa volta a engordar, o fracasso é do profissional que a acompanha, cujo programa de emagrecimento pode não se adequar à rotina daquele paciente”, explica.

3º) Dê um basta ao sedentarismo

No Brasil, mais da metade dos brasileiros está acima do peso (53,8%), segundo o Ministério da Saúde. Em dez anos, além da parcela de obesos crescer 60%, o percentual de brasileiros com diagnóstico de diabetes aumentou 61,8% e os diagnosticados com hipertensão foi para 25,7%.

Para a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), apenas 20 minutos diários de caminhada, no mínimo, quatro vezes por semana, é o suficiente a pessoa não ser classificada como sedentária. “Se a pessoa continuar a fazer exercícios e não cair no sedentarismo, com certeza não irá engordar logo após o emagrecimento”, aconselha.

Entretanto, os novos hábitos não devem ficar restritos a atividades físicas. “Ir à academia é ótimo, mas não é só isso. Por exemplo, troque aquele alimento calórico no fim de um dia estressante de trabalho por um banho relaxante”, ensina.

4º) Fuja das “dietas da moda”

A mais recente dieta da moda, que tem ganhado adeptos até entre as celebridades, é o chamado jejum intermitente. Estudos científicos mostram que fazer jejum previne doenças crônicas, combate os radicais livres e emagrece. A pessoa fica até 23 horas sem comer, e embora tenha respaldo de alguns médicos, não é aconselhada para qualquer pessoa.

Para a nutricionista, o correto é evitar qualquer tipo de dieta da moda.  Dietas restritivas, que é característica comum desses regimes – como a privação completa de carne, de carboidratos, de açúcar ou de gordura – são prejudiciais por deixar o organismo sem os nutrientes indispensáveis para o bom funcionamento do corpo e da mente.

Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um médico ou nutricionista e não se caracteriza como sendo um atendimento.