Yoga ajuda a combater refluxo gástrico

por Nicole Witek

Acontece com um grande numero de pessoas. Sabe esse líquido azedo, azedíssimo que às vezes sobe do estômago para a boca? Esse ácido é puro ácido clorídrico. O mais corrosivo e que existe justamente no seu estômago.

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Com exceção das causas genéticas e os problemas de sobrecarga de peso, podemos definir esse sintoma e suas causas de maneira simples e clara.

Na entrada do estômago, existe um mecanismo de válvula: o esfíncter, que funciona como uma porta que normalmente abre e fecha para deixar o alimento passar para o estômago. Esse mecanismo previne também que o ácido clorídrico do estômago retorne para o esôfago.

Quando se sofre de refluxo, muitas vezes, o esfíncter não funciona corretamente, fica entreaberto e o ácido clorídrico do estômago sobe para o tubo do esôfago, em direção à boca.


O esfíncter abre e fecha para deixar entrar o alimento no estômago

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Aqui o esfíncter ficou aberto. O acido gástrico e clorídrico esta subindo para o esôfago

Quem sofre de refluxo gástrico já percebeu que certos alimentos ou certas condições pioram a situação:

– Estresse que perturba a digestão.

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Alimentos:

– bebidas alcoólicas, sucos de frutas, pratos picantes, cebolas, café, chocolate, pimentão.
– refeições grandes ou com muita gordura,
– comer antes de deitar
– fumo
– gestação

Disfunção:

Quando o mecanismo da válvula do esfíncter não funciona corretamente, quando a produção de ácido clorídrico no estômago é excessiva, os pacientes sofrem de hérnia do hiato (quando uma pequena parte do estômago sobe no tórax, por cima do diafragma).

Certos remédios também prejudicam o funcionamento do esfíncter: acido acetil-salicílico, anticoncepcionais, tetraciclina e suplementos de ferro.

Roupas muito apertadas também prejudicam esse mecanismo. O exercício físico como curvar o corpo para frente pode desencadear o distúrbio.

Aqui está uma descrição rápida, porém suficiente para entender como o yoga pode ajudar a aliviar esses sintomas.

Normalmente o conteúdo do estômago e as secreções gástricas não voltam para cima nem em direção ao esôfago, nem a boca. Os alimentos progridem no esôfago graças às contrações fortes e poderosas do músculo do esôfago. Passam o esfíncter sob a condição que o ângulo entre o diafragma e o estômago esteja correto.

– As contrações e a abertura são monitoradas pelo sistema nervoso autônomo, bem como a produção de ácido gástrico;

– As contrações são garantidas se o comprimento do esôfago for suficiente, mas muitas vezes, o percurso do esôfago fica encurtado pela posição “ afundada” do peito, e o abandono da musculatura abdominal.

– Esses órgãos ficam frouxos deixam a porta do esfíncter sem uma posição nítida.

– O diafragma tem nessa situação um papel importantíssimo.

– A cavidade torácica e a cavidade abdominal estão separadas pelo músculo chamado diafragma. O orifício para deixar o esôfago passar é bordado por espessuramentos musculares chamados pilares. Esse orifício é comum à artéria aorta e ao esôfago.

– O desaparecimento da parte abdominal do esôfago e sua ascensão em direção ao tórax são chamados de hérnia do hiato. Os primeiros sintomas do “ afrouxamento” do esôfago, são seguidos pela hérnia.

Técnicas de yoga permitem

– O alongamento do tórax e das costas para cima, permitindo assim a volta ao cumprimento fisiológico do esôfago.

– A volta das dimensões normais do diafragma pela consciência respiratória, e a volta ao seu uso, elasticidade e tônus. Lembrando que o diafragma se bloqueia, seja em posição alta ou baixa cada vez que o paciente tem um susto emocional, acabando por ficar imóvel e 'esquecido' no tórax.

– Com a volta do bom funcionamento, as beiras do orifício por onde passa o diafragma ficam também tônicas e elásticas, permitindo o deslizamento correto do esôfago através do diafragma e permitindo a existência do ângulo correto do esôfago em relação ao estômago.

– A posição correta da porta do esfíncter é a possibilidade de fechar corretamente para prevenir a subida do acido gástrico por cima.

Se você sofre de refluxo gástrico, já dorme com vários travesseiros, se você toma remédios para diminuir a produção de sucos gástricos, ou para proteger as mucosas, avalie sua situação em relação ao texto anterior – clique aqui. Avalie sua respiração, tire um tempinho da sua semana para visualizar e imaginar o funcionamento do diafragma, sinta seus movimentos.

Pense também a respeito da posição do seu tórax, tanto quando você estiver sentado, quanto como em pé: repare se o esôfago tem distância suficiente entre o abdome e a caixa torácica. Se você realmente quer sair dessa situação e um dia se livrar dos remédios, estude bem esse artigo.